Embora a entrada da questão fale, especificamente acerca do ano de 2019, já há algum tempo que, por conta da disseminação e barateamento de comunicação, questões anteriormente locais passaram a ter um âmbito regional e/ou mundial. Tanto no que diz respeito à acontecimentos e valores positivos quanto aos negativos.
Problemas não são exclusivamente nacionais e sim internacionais, quem sabe, globais. Soluções podem ser também partilhadas (embora a questão da “soberania" e do “nacionalismo" falem mais alto). Tudo funciona, mais ou menos, com “efeito dominó".
A afirmativa apresentada destaca a questão da exportação da carne suína do Brasil para a Ásia. Ela teria aumentado substancialmente em função de problemas com a produção da carne suína na China.
A afirmativa está correta. A exportação deste tipo de carne para países asiáticos aumentou algo em torno de 16,2% em 2019. A produção na Ásia foi afetada por focos importantes de PSA – Peste Suína Africana – afetando não só o abastecimento da área como também a exportação para países com Chile, Uruguai e Rússia.
RESPOSTA : AFIRMATIVA CORRETA
GABARITO C
O Brasil planeja concluir acordos sanitários com a China na área de carnes bovina, suína e de aves para aumentar exportações e reverter a forte tendência de déficit observada na balança comercial entre os dois países.
A estratégia que dá prioridade a alimentos foi traçada a partir de um levantamento que revela que o déficit é, na pratica, superior ao que mostram as estatísticas. Uma missão do Ministério da Agricultura está na China, e acordos sanitários deverão ser assinados para permitir a entrada de carne suína e bovina e a retomada das exportações de aves. Atualmente, a China já consome esses produtos brasileiros, mas eles são primeiramente exportados a Hong Kong e então redirecionados ao continente.
A China, principal consumidora global de carne suína, viveu uma crise de carne de porco entre 2018 e 2020.
A crise na oferta de carne de porco no país foi resultado da peste suína. A doença chegou ao país em 2018 e se alastrou rapidamente. Com isso, os preços do produto subiram quase 50% em 2018.
A Peste Suína Africana (PSA) reduziu o rebanho de porcos da China em ao menos 40%, elevando os preços da carne preferida no país para níveis recorde.
Por isso, a China aumentou a importação de carne suína. O Brasil, inclusive, é um dos principais beneficiários deste movimento, já que algumas exportadoras brasileiras aumentaram a produção para abastecer o mercado chinês.
Em 2019, as exportações de carne suína do Brasil atingiram volume recorde, ano em que a forte demanda da China impulsionou o setor.
Como parte relevante da nossa produção de proteína passou a ser dedicada para o mercado asiático, houve inclusive impacto no preço da carne bovina no Brasil, já que esta passou a ser mais exportada a fim de satisfazer a demanda chinesa.
Mas da carne bovina também, professor?
Sim! Com o problema de abastecimento provocado pela PSA, os chineses passaram também a adquirir novos hábitos alimentares.
Resposta: Certo