SóProvas


ID
3419524
Banca
VUNESP
Órgão
Valiprev - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Leia o texto, para responder à questão.


    Os fatos foram opostos – inundação e fogaréu –, e a reação a eles também. Em uma mesma semana, a cidade italiana de Veneza e a costa leste da Austrália materializaram o embate que contrapõe “ambientalistas” a “negacionistas” quando o assunto são as mudanças climáticas que afetam o planeta. Na quarta-feira 13, o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou estado de emergência na extraordinariamente bela capital da região do Vêneto, no norte da Itália, notabilizada por seus canais. Motivo: a maior cheia já registrada nos últimos cinquenta anos. O nível da água se elevou tanto que agravou a degradação de construções históricas – e, pior, fez duas vítimas logo nos primeiros dias, mortas em suas casas. As águas subiram quase 2 metros, e ondas de mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.

      “Pedimos ao governo que nos ajude. O custo será alto. Esse é o resultado da mudança climática”, escreveu o prefeito nas redes sociais. Um relatório de 2017 de uma Agência Nacional italiana advertiu que a cidade dos canais ficará submersa até o final deste século se o aquecimento global não for contido por medidas como as previstas no Acordo de Paris de 2015.

      Mas, se em Veneza o Poder Executivo reconheceu publicamente que as inundações decorriam do peso da interferência humana no clima da Terra, a 16000 quilômetros de lá, outra catástrofe para o meio ambiente foi definida como “natural” – apesar de seu inédito impacto. O fogo começou a destruir a mata costeira em regiões muito próximas a Sidney. As labaredas devastaram cerca de 1000 quilômetros de área florestal, provocando a morte de pessoas e de animais únicos da fauna do país. Encarando tudo como fenômeno da natureza, o vice-premiê australiano chamou de “lunáticos” os que acreditam no aquecimento global.

                             (Sabrina Brito, Entre a água e o fogo. Veja, 20.11.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa redigida segundo a norma-padrão de emprego de pronomes e do sinal indicativo de crase.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

     a) O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do país ? correto, um apelo a algo (=preposição "a") + artigo definido "as" que acompanha o substantivo feminino "autoridades" (=crase).
     b) O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos naturais ? atingiu alguma coisa (=verbo transitivo direto, o correto é somente o uso do artigo definido "a").
     c) À partir de quando o homem aprenderá a respeitar espécies que a sobrevivência está ameaçada? ? crase incorreta antes de verbo.
     d) Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua sobrevivência, o homem passará à viver dias terríveis ? nenhum termo está regendo o uso da preposição, logo, o correto é somente o uso do artigo definido "a" (=a qual).
     e) Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo cujo consumiu milhares de árvores na Austrália ? estimar alguma coisa (=verbo transitivo direto, o correto é somente o uso do artigo definido "a").

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  • Assertiva A

    O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do país.

  • Dicas rápidas..

    I) Substitua o termo feminino pelo masculino..se aparecer "ao" =Crase.

    a) apelo às autoridades do país.

    Apelo aos moradores..

    b) O fogo que atingiu à Austrália.

    O fogo que atingiu o Japão.

    c) partir é verbo, o correto é “a partir .

    d) Sem preservar a natureza, à qual.

    Seguindo o mesmo raciocínio..

    Sem preservar O Ambiente , o qual.

    e) Não é possível estimar à tragédia

    Não é possível estimar o desastre.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A) O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do país.

    B) O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos naturais.

    C) À partir de quando o homem aprenderá a respeitar espécies que a sobrevivência está ameaçada?

    D) Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua sobrevivência, o homem passará à viver dias terríveis.

    E) Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo cujo consumiu milhares de árvores na Austrália.

  •  CRASE PROIBIDA:

    1° Diante de nomes masculino:

    Ela adora andar a cavalo.

    Observação: Quando implícita a locução "à moda/maneira de", a crase é usada.

    Fez gol à Pele. (á moda de Pele)

    2° Diante de verbos:

    Não estou apto a discutir.

    3° Antes de pronomes pessoas e tratamento:

    Todos se dirigiram a ela.

    Dirigi-me a Vossa Excelência.

    Observação: Exceções para o pronome de tratamento: dona, senhora, senhorita.

    4° Relação a tempo futuro ou distância:

    Sairá daqui a pouco.

    Estou a 1 metro de distância.

    Observação: "a distancia" só é craseada quando especificada.

    Ex.: Estamos à distancia de 200 metros do palco.

    5° Palavras repetidas:

    Ficou cara a cara com o ladrão.

    6° Antes de pronomes indefinidos e demonstrativos:

    Refiro-me a isto.

    Obrigada a todos.

  • PERGUNTE AO VERBO !!!

    Dica:

    Ele foi atingido ou afetado diretamente pelo verbo (Sujeito) ou é apenas uma loucão adverbial (termos de acessórios na frase)

    A) Fez um apelo às Autoridade

    Fez um apelo A quem ? Às Autoridades (objeto indireto)

    Logo temos uma preposição + artigo feminino = (à)

    B) O fogo que atingiu a Austrália

    O fogo atingiu quem ? A Austrália (Objeto direto)

    Logo só temos o artigo feminino

    C) Nunca tem crase antes de verbo, não tem nem sentido pq não rege artigo feminino

    Pra saber se tem artigo ou não, use este macete:

    A partir estava bonito (N tem sentido)

    A sorrir estava bonito (N tem sentido)

    A andar estava bonito (N tem sentido)

    D) Mesmo raciocínio da alternativa C

    E) Estimar o que ? a tragédia

    Logo, temos só o artigo feminino

    É importante conhecermos regência e consequentemente Crase, pq se a gente não coloca a preposição pode alterar o sentido da frase:

    Cheirava a gasolina

    (Cheirava o que?) A gasolina

    Ele inalava gasolina

    Cheirava à gasolina

    (Cheirava a que ? À gasolina

    Tinha cheiro de gasolina

  • É necessário relembrar, para resolver com propriedade esta questão, o conceito de crase na Língua Portuguesa bem como o uso dos pronomes.
    A crase é a fusão de sons iguais em Português. Por isso, aprendemos que, sempre que houver a regência da preposição A e logo após vier o artigo A, haverá a crase.
    Exemplo: Refiro-me A A menina.
    Note que o verbo regeu a preposição A e o substantivo feminino está acompanhado do artigo feminino definido A. Isso causa um choque fonético, pois o som é idêntico. Para que evitemos esse choque, devemos fundir os dois sons. Essa fusão é chamada de CRASE.

    Fusão: Refiro-me À menina.

    Mas devemos nos atentar a três critérios importantes em nossa Língua.
    1º - O acento que marca a fusão não é crase. É ACENTO GRAVE.
    2º - Para haver crase, necessariamente deve haver a regência da preposição A.
    3º - A crase não é apenas a fusão de preposição A e o artigo definido A. É a fusão de sons iguais. Por essa razão, sempre que houver a regência da preposição A e logo em seguida vier o pronome demonstrativo AQUELE, AQUELA, AQUILO ou A, haverá crase.
    Exemplo: Dei flores A Aquele rapaz.
    Veja que a preposição foi regida pelo verbo DAR e logo após há o pronome demonstrativo AQUELE. Essa junção fonética gera o choque de sons iguais. A fim de que isso não ocorra, haverá crase no pronome demonstrativo.
    Dei flores ÀQUELE rapaz.

    Os pronomes, em Português, têm por função substituir ou acompanhar um substantivo. Portanto, dividem-se, basicamente, em dois aspectos:
    PRONOME SUBSTANTIVO – Substitui um substantivo.
    EU sou hiperativa.
    Observe que o pronome pessoal do caso reto EU está substituindo o meu nome. Logo, ele é classificado como PRONOME PESSOAL DO CASO RETO SUBSTANTIVO.

    PRONOME ADJETIVO – Acompanha um substantivo. Leia ESTE livro.
    Veja que o pronome demonstrativo ESTE está acompanhando o substantivo livro. Logo, ele é classificado como PRONOME DEMONSTRATIVO MASCULINO SINGULAR ADJETIVO.

    Além dessas classificações, cada grupo de pronomes tem suas especificidades. Veremos nas alternativas da questão.
    Relembrando esses conceitos, conseguiremos analisar as alternativas com base na exigência do enunciado. O enunciado requer do candidato a alternativa que confere correção no emprego de pronomes e a crase. Portanto, deveremos nos ater a isso para identificar a alternativa correta.

    A) O prefeito de Veneza, cujas ruas e praças estão alagadas, fez um apelo às autoridades do país. GABARITO – O pronome relativo CUJO foi utilizado de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa. Ao utilizar esse relativo, devemos nos atentar aos seguintes quesitos: - PRONOME RELATIVO CUJO FICA ENTRE PALAVRAS DE VALOR SUBSTANTIVO; - PRONOME RELATIVO CUJO CONCORDA EM GÊNERO E NÚMERO COM O TERMO CONSEQUENTE; - PRONOME RELATIVO CUJO NÃO ADMITE ARTIGO (POR ESSA RAZÃO, JAMAIS HAVERÁ CRASE DIANTE DESSE PRONOME); - PRONOME RELATIVO CUJO SÓ PODE SER UTILIZADO PARA EXPRESSAR IDEIA DE POSSE. Além disso, precisamos nos atentar também ao conteúdo de crase expresso na alternativa. Veja que o substantivo abstrato APELO rege a preposição A e após há um substantivo feminino plural acompanhado do artigo AS.
    ...um apelo A AS autoridades.
    Viram que haverá choque fonético? Para evitar o choque, temos, obrigatoriamente, a crase.
    ... um apelo ÀS autoridades.

    B) O fogo que atingiu à Austrália é atribuído à fenômenos naturais.
    ERRADO- Em “Atribuído à fenômenos naturais." , ocorre o uso indevido do acento grave, pois houve a regência da preposição A, mas o termo que segue – FENÔMENOS- é masculino. Portanto, não pode haver crase.
    C) À partir de quando o homem aprenderá a respeitar espécies que a sobrevivência está ameaçada? ERRADO – Diante de verbo não pode haver crase.
    D) Sem preservar a natureza, à qual é garantia de sua sobrevivência, o homem passará à viver dias terríveis.
    ERRADO – Em A QUAL só poderia haver crase se fosse regida uma preposição. Não há esta regência e esse pronome relativo exerce a função sintática de sujeito na construção, ou seja, jamais poderia vir com o acento grave. Além disso, Diante de verbo não pode haver crase.
    E) Não é possível estimar à tragédia causada pelo fogo cujo consumiu milhares de árvores na Austrália.
    ERRADO – Não houve regência da preposição A, portanto não pode haver crase em “A TRAGÉDIA", pois só há artigo, Além disso, note que o pronome relativo CUJO foi utilizado de maneira incorreta, uma vez que ele só pode ser utilizado entre palavras substantivas e, nesta alternativa, está entre substantivo e verbo.
    GABARITO: A
  • GABARITO: LETRA A

    COMPLEMENTANDO:

    Principais casos em que não ocorre a crase:

    * Antes de palavra masculina

    * Em locução feminina que indique instrumento (ex: Ela escreveu o texto a caneta)

    * Antes de verbo

    * Entre palavras repetidas que formem uma expressão (ex: cara a cara)

    * Antes de artigo indefinido

    * Quando o A estiver no singular e a palavra posterior estiver no plural

    * Antes dos seguintes pronomes: 

       a) De tratamento (exceções: senhora, senhorita, dona e madame)

       b) Relativos (exceção: à qual, às quais)

       c) Indefinidos (exceção: outra(as))

       d) Demonstrativos (exceções: àquele, àquela, àquilo)

       e) Pessoais

    FONTE: QC

  • GABARITO: LETRA A

    ✘Não ocorre crase:

    ✦Diante de palavras masculinas:

    ▶Ex: Escrita a lápis.

    •Exceção: quando se subentende: à moda de, à maneira de, faculdade, universidade, empresa, companhia.

    ✦Diante de verbos:

    ▶Ex: Eu comecei a cantar.

     

    ✦Diante do artigo indefinido "Uma":

    ▶Ex: Fui a uma festa incrível.

    ✦Diante do pronome pessoal, incluindo os de tratamento:

    ▶Ex: Disse tudo a ela.

       Pedimos a vossa excelência que nos ouça.

    ✦Diante de nome de lugar que não admite artigo:

    ▶Ex: Vamos a Portugal.

    ✦Diante de pronomes:

    •Demonstrativos (com exceção de "a, aquele, aquela, etc):

    ▶Ex: Refiro-me a isso.

    •Indefinidos:

    ▶Ex: Você se refere a algum de nós?

    •Relativos (com exceção de" a qual, as quais").

    ▶Ex: A pessoa a quem comunicamos o fato está aqui.

    •Interrogativos:

    ▶Ex: Isso interessa a quantas pessoas?

    ✦Diante de numerais cardinais (com exceção das indicações de horas):

    ▶Ex: Lombada a 100 metros.

       Ficamos a duas quadras daqui.

    ✦Em expressões com palavras repetidas:

    ▶Ex: Gota a gota. Face a face.

    ✦Diante da palavra "casa" quando desacompanhada de determinantes (e se referir a própria casa de quem fala) :

    ▶Ex: Volto a casa cedo hoje.

    ✦Antes de substantivos femininos no plural:

    ▶Ex: Entreguei livros a alunas do primeiro ano.

    ✦Antes de substantivo indicativo de instrumento:

    ▶Ex: Gosto de escrever a caneta.

    ✦Antes de Nossa Senhora e nomes de santas:

    ▶Ex: Suplicava a Nossa Senhora e a santa Clara.

    ✦Depois de preposições:

    ▶Ex: Após as aulas.

    ✦Antes da palavra terra quando se opõe a bordo:

    ▶Ex: Assim que desembarcaram, desceram a terra.

    ⇛Meus resumos dos Livros: Gramática - Ernani & Floriana / Gramática - Texto: Análise e Construção de Sentido.

  • GABARITO: LETRA A

    ☸É facultativo o uso da Crase:

    ☉Diante de pronome possessivo.

    ↪Ex: Assistirei à sua apresentação.

           Assistirei a sua apresentação.

    ☉Diante de nomes próprios de pessoas do sexo feminino, quando não se costuma usar artigo não ocorre crase.

    ↪Ex: Esse vestido é de Maria.

          Entregue-o a Maria.

    - Quando há intimidade entre as pessoas e costuma-se usar artigo, há crase.

    ↪Ex: Esse vestido é da Maria.

          Entregue-o à Maria.

    ⇛ Meu resumo do Livro: Gramática - Ernani & Floriana.

  • GABARITO: LETRA A

    ⇉ Há crase:

    ☛ Diante de palavra feminina que venha acompanhada de artigo, desde que o termo regente exija a preposição a:

    ☑ Ex: O juiz pronunciou-se favoravelmente à ré.

    ☛ Na indicação de horas:

    ☑ Ex: Combinamos de nos encontrar às seis horas.

    ☛ Diante de nomes masculinos, apenas nos casos em que é possível subentender-se palavra como moda ou maneira:

    ☑ Ex: Desenvolveu um modo de pintar à Van Gogh. (À maneira de Van Gogh).

           Apresenta programas à Chacrinha. (À moda do Chacrinha).

    ☛ Diante de nomes de lugares que geralmente não admitem artigo, quando apresentarem um elemento que os caracterize ou qualifique:

    ☑ Ex: Vou à famosa Roma.

           Finalmente chegamos à encantadora Ouro Preto.

    ☛ Diante da palavra “casa”, quando determinada:

    ☑ Ex: Você vai comigo à casa deles / dos meus amigos?

    Há crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas a partir de palavras femininas, pois, nesses casos, estaremos diante da sequência constituída de preposição + artigo feminino.

    Locuções adverbiais: Às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia-noite, às três horas.

    Locuções prepositivas: À frente de, à beira de, à exceção de.

    Locuções conjuntivas: À proporção que, à medida que.

    ⇛Meus resumos dos Livros: Gramática - Ernani & Floriana / Gramática - Texto: Análise e Construção de Sentido.