SóProvas


ID
3420895
Banca
Instituto Consulplan
Órgão
CODESG - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                           Além das palavras

                 Pesquisadores da USP elaboraram uma lista de gestos,

                   posturas e outras pistas visuais que podem auxiliar o

           médico na avaliação dos pacientes e diagnóstico da depressão.


      No consultório psiquiátrico, apenas uma parte das informações é verbalizada pelos pacientes. Outra tem a ver com o olhar do médico: uma avaliação de gestos, posturas e outros sinais que podem ajudar a compreender o estado de saúde mental em que uma pessoa se encontra. Uma proposta de sistematização desse ‘olho clínico’ foi apresentada por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), que elaboraram um checklist de posturas, gestos e expressões típicos de pacientes com depressão.

      O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos ligados à USP, sob a supervisão da farmacologista Clarice Gorenstein. Em vez de seguirem apenas o protocolo corrente de diagnóstico de depressão, baseado em perguntas e respostas, avaliadores preencheram um formulário detalhado sobre as expressões faciais e corporais dos pacientes durante entrevistas clínicas. As entrevistas também foram filmadas, para análise objetiva do comportamento dos pacientes.

      “Elaboramos uma lista de comportamentos corporais favoráveis ou não ao contato social para analisar os pacientes, além de fazer as perguntas padrão”, relata a pesquisadora e psicóloga Juliana Teixeira Fiquer, que realizou seu pós-doutorado com o estudo. “Sinais como inclinar o corpo para frente na direção do entrevistador, ou encolher os ombros, fazer movimentos afirmativos ou negativos com a cabeça, fazer contato ocular ou não, rir ou chorar são alguns dos 22 comportamentos que selecionamos”, exemplifica.

      Fiquer contou à CH Online que todos os pacientes do grupo com depressão tiveram melhora nos parâmetros sugestivos de contato social. “Os pacientes mostraram, após o período de tratamento, um aumento no contato ocular com o entrevistador, além de sorrir mais e demonstrar avanços em relação a outros comportamentos sugestivos de interesse social”, relata.

      “Queremos criar um método científico que considere aquilo que até então é colocado no território das impressões no diagnóstico da depressão.”

      Para a pesquisadora, o trabalho representa um passo importante na sinalização de que informações emocionais relevantes são transmitidas no contato interpessoal entre clínico e paciente, que até então eram atribuídas exclusivamente à subjetividade do médico na hora de fazer o diagnóstico.

      O psiquiatra e psicanalista Elie Cheniaux, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sugere que a linguagem não verbal é uma ferramenta importante para mensurar a tristeza, que é um dos componentes da depressão, mas não a única. “A linguagem não verbal não dá uma visão global do quadro do paciente”, argumenta.

(João Paulo Rossini. Instituto Ciência Hoje – RJ. Em abril de 2016. Com adaptações.)

No trecho “O estudo foi realizado no Hospital das Clínicas e no Hospital Universitário, ambos ligados à USP, sob a supervisão da farmacologista Clarice Gorenstein.” (2º§), o sinal indicativo de crase foi devidamente empregado. Tal fato NÃO ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Não há crase antes de artigos indefinido ,gab C

  • GABARITO: LETRA C

    ? A depressão pode levar à uma variedade de problemas emocionais e físicos, diminuindo a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa.

    ? Crase usada incorretamente antes do artigo indefinido "uma", o correto é somente a preposição regida pelo verbo "levar" (=levar a algo ? a uma).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Casos em que não utilizamos crase:

    Antes de palavras masculina

    Andei a cavalo.

    Antes de verbo

    O aluno está a estudar há algum tempo

    Antes de pronomes de tratamento, exceto em se tratando de “dona”, “senhora” “senhorita” e “madame”.

    Fizemos o convite a Vossa Senhoria, portanto, o evento está confirmado.

    As encomendas foram entregues hoje à madame.

    * Antes de palavras de sentido indefinido, tais como o artigo e o pronome:

    Desejamos uma ótima semana a todos.

    Fomos a uma ilha paradisíaca.

    * Nas expressões com palavras repetidas:

    Ele me olhou cara a cara.

    O medicamento foi aplicado gota a gota.

    * Antes de numerais em que a preposição “a” possua o sentido de “até”:

    O evento ocorrerá de 20 de janeiro a 10 de fevereiro. (até)

    * Antes de pronomes interrogativos:

    A quem serão entregues estes pedidos?

    * Nos casos em que a preposição “a” preceder um nome plural:

    Chegamos a conclusões contraditórias.

    * Antes de pronomes demonstrativos “essa(s)” e “esta(s)”:

    Sinto que serei imensamente grata a estas pessoas.

    Sucesso, bons estudos não desista!