Cont. de Custos - Eliseu Martins - Letra C
Custeio significa Apropriação de Custos. Assim, existem Custeio por Absorção, Custeio Variável, ABC, RKVV etc.
Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
A Auditoria Externa tem-no como básico. Apesar de não ser totalmente lógico e de muitas vezes falhar como instrumento gerencial, é obrigatório para fins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço).
Também o Imposto de Renda costumeiramente o usa: no Brasil é utilizado obrigatoriamente, com pequenas exceções. Houve e ainda há em nossa legislação fiscal algumas pequenas variações optativas, como, por exemplo, na depreciação.
Questão sobre métodos de custeio.
Os métodos de custeio ou
sistemas de custeamento, são métodos de apropriação
dos custos. O mais utilizado pelas entidades e aceito pela legislação para fins
tributários é o custeio por absorção. Nesse método, são
apropriados custos fixos e variáveis
ao estoque, que depois viram custo do produto vendido. Logo, se o estoque não é
vendido totalmente, o que sobrar, deixa custo fixo retido no Estoque
final – não é lançado no resultado nesse período.
Já o método de custeio variável, utilizado para fins gerenciais, apropria somente custos variáveis ao estoque (ex.: materiais
diretos, mão de obra direta, etc.). Logo, ainda que esses estoques não sejam
vendidos totalmente, todo o custo fixo (ex.:
depreciação linear das máquinas) já vai direto para o resultado como despesas do período – não como CPV.
Dica!
Esse procedimento do custeio variável evita que eventuais arbitrariedades,
provocadas pelo rateio dos custos fixos
venham a afetar o cálculo do custo dos produtos. Isso já foi cobrado em provas
do CEBRASPE!
Atenção!
Perceba como o método de custeio por
absorção atende melhor o princípio da competência
do que o custeio variável. No 1º método, os custos fixos somente são confrontados com as receitas quando os
produtos são efetivamente vendidos, as despesas são confrontadas ao período em
que ocorrerem. Por esse motivo que para fins
fiscais, o único método aceito no Brasil é o método de custeio por absorção.
Feita a revisão, já podemos analisar
cada uma das afirmações;
A) Errado, como vimos, o método variável é utilizado para fins meramente
gerenciais. A RFB não admite a utilização no diz respeito à tributação.
B) Errado, o custeio variável também pode ser chamado de custeio
direto, são termos técnicos equivalentes. Como vimos, esse método é utilizado
para fins meramente gerenciais.
C) Certo, por respeitar diversos princípios contábeis, sobretudo o princípio
da competência, o método de custeio por absorção é o admitido no que diz
respeito à tributação.
D)
Errado, o método de custeio baseado
em atividades (método ABC) assim como o método de custeio variável, é utilizado
com fins gerenciais.
O
Manual da FIPECAFI diz que o método
ABC (de Activity-Based Costing) consiste em direcionar os custos indiretos aos produtos não por centros de custos ou por
departamentos, mas por atividades. A
essência do método é alocar os custos indiretos na % de algum tipo de critério
estabelecido, envolvendo as atividades da empresa.
E)
Errado, o custo-padrão é um mero custo
“estimado" ou “orçado". É o custo que a empresa acredita que pode alcançar se
atuar de forma mais eficiente, utilizado com fins gerenciais para a melhoria do desempenho organizacional. Não é
considerado um sistema de custeamento, é uma mera técnica contábil.
Gabarito do Professor: Letra C.