Para além de certa vertigem populista, a História Cultural procura hoje revisitar o lado mais fraco da produção
da cultura: o da recepção anônima da cultura ordinária
da criatividade (ou passividade) das pessoas comuns. O
que temos então é o deslocamento do foco da análise
cultural do campo da produção para o campo da recepção, do consumo ou dos chamados usos sociais da imagem. O foco analítico se desloca para acompanhar como
as inovações tecnológicas da mídia (rádio, televisão,
videocassete, multimídia, etc) se inserem no cotidiano
improvisado dos grupos sociais, como se dá a relação
dos receptores com essas formas culturais eletrônicas ou
como interagem “textos” e “leitores”.
[Elias Thomé Saliba. Experiências e representações sociais:
reflexões sobre o uso e o consumo das imagens.
Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]
A respeito da discussão feita pelo autor, sugere-se, entre
outros pontos, que