- ID
- 3426601
- Banca
- VUNESP
- Órgão
- Prefeitura de Cerquilho - SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- História
- Assuntos
Quanto a pátrias, o texto d’O Paraense é claro: estas são
as províncias, locais de reiteração de trajetórias particulares engendradoras dos “Povos” e de suas identidades
coletivas. O plural do periodista tanto remete a um linguajar ancien régime, quanto demarca a multiplicidade dos
âmbitos reais, concretos, da difícil “amalgamação” das
diferenças, tanto aquelas às quais se referia José Bonifácio, quanto das que distinguiam o Pará de Pernambuco
ou Minas Gerais da Cisplatina, e fazia os maranhenses
saberem-se diferentes dos baianos. O Brasil, por seu turno, é o país, enorme mosaico de diferenças, cujas peças
mal se acomodavam no império emergente do rompimento com Portugal, a partir de então “pátria mãe” e não
mais “reino irmão”. E nesse quadro de contradições, não
parece ser irrelevante destacar que a identidade nacional
brasileira emergiu para expressar a adesão a uma nação
que deliberadamente rejeitava identificar-se com todo o
corpo social do país, e dotou-se para tanto de um Estado
para manter sob controle o inimigo interno.
(István Jancsó e João Paulo G. Pimenta, Peças de um mosaico
(ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional
brasileira). Em Carlos Guilherme Mota (org). A experiência brasileira.
Formação: histórias. Adaptado)
Segundo o artigo, no contexto apresentado, “inimigo
interno” refere-se