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ID
3431263
Banca
VUNESP
Órgão
Valiprev - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Os fatos foram opostos – inundação e fogaréu –, e a reação a eles também. Em uma mesma semana, a cidade italiana de Veneza e a costa leste da Austrália materializaram o embate que contrapõe “ambientalistas” a “negacionistas” quando o assunto são as mudanças climáticas que afetam o planeta. Na quarta-feira 13, o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou estado de emergência na extraordinariamente bela capital da região do Vêneto, no norte da Itália, notabilizada por seus canais. Motivo: a maior cheia já registrada nos últimos cinquenta anos. O nível da água se elevou tanto que agravou a degradação de construções históricas – e, pior, fez duas vítimas logo nos primeiros dias, mortas em suas casas. As águas subiram quase 2 metros, e ondas de mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.

      “Pedimos ao governo que nos ajude. O custo será alto. Esse é o resultado da mudança climática”, escreveu o prefeito nas redes sociais. Um relatório de 2017 de uma Agência Nacional italiana advertiu que a cidade dos canais ficará submersa até o final deste século se o aquecimento global não for contido por medidas como as previstas no Acordo de Paris de 2015.

      Mas, se em Veneza o Poder Executivo reconheceu publicamente que as inundações decorriam do peso da interferência humana no clima da Terra, a 16000 quilômetros de lá, outra catástrofe para o meio ambiente foi definida como “natural” – apesar de seu inédito impacto. O fogo começou a destruir a mata costeira em regiões muito próximas a Sidney. As labaredas devastaram cerca de 1000 quilômetros de área florestal, provocando a morte de pessoas e de animais únicos da fauna do país. Encarando tudo como fenômeno da natureza, o vice-premiê australiano chamou de “lunáticos” os que acreditam no aquecimento global.

                               (Sabrina Brito, Entre a água e o fogo. Veja, 20.11.2019. Adaptado)

É correto afirmar que, em relação ao assunto de que trata, a autora do texto

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Segundo o texto: Os fatos foram opostos ? inundação e fogaréu ?, e a reação a eles também. Em uma mesma semana, a cidade italiana de Veneza e a costa leste da Austrália materializaram o embate que contrapõe ?ambientalistas? a ?negacionistas? quando o assunto são as mudanças climáticas que afetam o planeta. Na quarta-feira 13, o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, declarou estado de emergência na extraordinariamente bela capital da região do Vêneto, no norte da Itália, notabilizada por seus canais. Motivo: a maior cheia já registrada nos últimos cinquenta anos. O nível da água se elevou tanto que agravou a degradação de construções históricas ? e, pior, fez duas vítimas logo nos primeiros dias, mortas em suas casas. As águas subiram quase 2 metros, e ondas de mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    expressa atitude de reação, classificando os efeitos da inundação como “Um horror.”

  • Gabarito: D A) ERRADA: Não há distanciamento, visto que o texto tem como objetivo comparar os 2 eventos, mostrando a incoerência de considerá-los independentes, ou seja: ou ambos são afetados pelo aquecimento global ou ambos não são. Há uma ligação entre eles e não um isolamento (distanciamento). B) ERRADA: Não se percebe a autora tomando partido. C) ERRADA: Também não sugere que algo pode ou não ser feito para evitar outras catástrofes D) CORRETA: "Um horror" foi a reação da autora e não a fala de outra pessoa do texto. E) ERRADA: A autora não criou um vínculo entre ela e os representantes dos países envolvidos.
  • As águas subiram quase 2 metros, e ondas de mais de 1 metro e meio atingiram cerca de 85% da cidade. Um horror.

    D) expressa atitude de reação, classificando os efeitos da inundação como “Um horror.”

  • Acho temerário esse tipo de questão! Quanto à assertiva "a", quem se distancia se distancia de algo, logo, partindo do pressuposto de que se trata de uma matéria jornalística, que portanto carrega consigo o traço da imparcialidade, não há equivoco algum em afirmar que a autora guardou certo distanciamento quanto ao posicionamento adotado pelas autoridades, apesar de reconhecer que os fenômenos decorrem das alterações climáticas.

    Com a devida vênia à interpretação do colega Paulo Gonçalves, não foi proposta uma interpretação do termo "distanciamento" na relação entre os fenômenos, mas sim quanto a autora (sua opinião) e o assunto do texto. Enfim, não fico chateado em errar, fico chateado com esse hábito, pouco discutido e desnecessário, do examinador de colocar na prova assertivas com intepretações ambíguas.

    Assim como na assertiva "b", gabarito da questão, não há um intento explicito da autora em expressar sua reação sobre o "assunto" do texto, mas tão somente quanto aos efeitos de um dos fenômenos nele relatado.