Questão 3432286

• Banca: VUNESP
• Órgão: Prefeitura de Campinas - SP
• Ano: 2019
• Provas: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP - Engenheiro Civil
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

                                                                       O impacto da Mônica

    Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Jeremias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes, que também trocava as letras.

    O primeiro problema? Seus personagens eram todos homens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procurar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou do que leu.

    E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nêmesis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela chegou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres queriam alguém que as representasse, que comandasse e reagisse. A Mônica virou a dona da rua a pedido dos próprios leitores.” É o que diz a própria... Mônica. A de carne e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções.

   Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A primeira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, era o maior número de impressões para um personagem nacional.

(Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio de Sousa”. Superinteressante, junho de 2019)

As informações do texto mostram que a criação da Mônica

• A. aconteceu devido aos reiterados pedidos dos leitores de tirinhas, que nutriam admiração pelos personagens masculinos de Mauricio de Sousa, mas achavam que o universo feminino precisava de espaço.
• B. decorreu da necessidade de um personagem feminino, pois, além de todos os outros serem homens, um colega de trabalho de Mauricio de Sousa chegou a sugerir que ele teria aversão a mulheres.
• C. representou o ápice da produção de tirinhas de Mauricio de Sousa, quando ele pretendeu ampliar os negócios e passou a produzir gibis, ainda em tiragem tímida para personagens de âmbito nacional.
• D. surgiu como uma oportunidade de Mauricio de Sousa homenagear a sua filha, criando uma personagem que, à moda das mulheres da época, já nasceu empoderada e dando as ordens a todos que a rodeavam.
• E. foi fruto de uma advertência recebida por Mauricio de Sousa por um colega da Folha, que o acusou de machista por não ter criado, até então, nenhum personagem que representasse o universo feminino.

Gabarito: B

Comentários

• GABARITO: LETRA B

  ? Podemos ficar entre "b" e "e":

  B) decorreu da necessidade de um personagem feminino, pois, além de todos os outros serem homens, um colega de trabalho de Mauricio de Sousa chegou a sugerir que ele teria aversão a mulheres. ? correto; "misógino" é aquele que despreza, refuta, tem aversão ao sexo feminino.

  E) foi fruto de uma advertência recebida por Mauricio de Sousa por um colega da Folha, que o acusou de machista por não ter criado, até então, nenhum personagem que representasse o universo feminino. ? incorreto, visto que já havia a necessidade de um personagem feminino, todos eram homens;

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  FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

• Assertiva b

  decorreu da necessidade de um personagem feminino, pois, além de todos os outros serem homens, um colega de trabalho de Mauricio de Sousa chegou a sugerir que ele teria aversão a mulheres.

• Não vou na E por achar que o termo "acusou" seja um tanto pesado considerando a 'sutileza' do cara da Folha: "vc parece..." =/= "você é [...] (!)"

• O erro da alternativa E consiste na expressão: "que o acusou de machista". Primeiro, porque o colega NÃO o acusou de nada, o termo trazido foi "parece", não temos, portanto, uma afirmação, mas, sim, uma suposição. Segundo, porque os termos machista e misógino têm significados distintos. O colega empregou o termo MISÓGINO, que significa aversão a mulheres.

  Força, pessoa! :D

• B) decorreu da necessidade de um personagem feminino, pois, além de todos os outros serem homens, um colega de trabalho de Mauricio de Sousa chegou a sugerir que ele teria aversão a mulheres.

  Eu jurava que a alternativa B era pegadinha da banca, pois o próprio texto afirma que havia uma menina: a Maria Cebolinha. Então, esse trecho da alternativa me pareceu indução ao erro.

• Gabarito B

  Pois é, Bianca, errei essa questão pela mesma lógica que a sua. Mas acredito que essa questão seja passível de anulação, pois essa parte "além de todos os outros serem homens " já torna a alternativa incorreta, no meu ponto de vista.

  Por isso, não concordo com o gabarito.

  Tudo posso Naquele que me fortalece!

• Concordo com os colegas, basta que um personagem seja do sexo oposto para anular a questão letra B"além de todos os outros serem homens ", que de fato isso ocorre com a Maria Cebolinha.

• a palavra misógino mudou todo o gabarito, caberia recurso.

• PRA MIM GABARITO B

  EU NAÕ FUI NA "E" POR QUE ELA FALO QUE ELE RECEBEU UMA BRONCA

  E NO TESTO " Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. NÃO FOI UMA BRONCA

  COM DEUS!!

• Essa questão requer interpretação e compreensão textual.
  
  
  
  Alternativa (A) incorreta – O que os leitores pediram foi que a Mônica fosse a “dona da rua", uma personagem feminina empoderada, que pudesse representar as mulheres nos anos 1960.
  
  
  Alternativa (B) correta – Quando se deu conta de que passava uma imagem de misógino para seu colega da Folha, ficou preocupado; com isso, sentiu necessidade de criar um personagem feminino.
  
  
  Alternativa (C) incorreta – Não foi uma tiragem tímida, foi uma tiragem de 200 mil exemplares, o maior número de impressões para um personagem nacional.
  
  Alternativa (D) incorreta – O intuito não foi homenagear a filha, mas de homenagear as mulheres da época, criando uma personagem feminina empoderada.
  
  Alternativa (E) incorreta – Em primeiro lugar, o colega da Folha não advertiu Mauricio de Sousa, apenas sugeriu que ele tinha aversão à mulher. Por conta da sugestão de ele ser misógino, sentiu necessidade de criar um personagem feminino.
  
  
  Gabarito da professora: Alternativa B.