GABARITO: LETRA A
Ao contrário do que alguns artigos da tendência conservadora/neoconservadora/eclética argumentaram, as fundações sociais das empresas e seus projetos de "cidadania empresarial" não têm condições de substituir os postos de trabalho fechados no âmbito estatal. Além disso, o vínculo empregatício com esses projetos é precário, flexível e, muitas vezes, temporário. O trabalho, embora tenha um discurso de construção da cidadania, se restringe a uma prática assistencialista, que busca o consenso entre classes antagônicas, ou mesmo de "enquadramento" ou cooptação do "usuário", já que nesse campo não existe espaço para "sujeitos de direito" ? existem usuários de serviços privados. Nessas ações não existe nenhuma garantia de atendimento; o público-alvo é escolhido de acordo com a imagem que a empresa pretende passar aos consumidores; suas ações são paliativas e superficiais, já que as empresas precisam mostrar resultados rápidos para ganhar visibilidade e garantir seus lucros. Seus atendimentos, por serem privados, não se constituem em "direitos sociais", ao contrário do que ocorre no Estado. Estão inscritas no campo do "não direito", contribuem para o paternalismo nos atendimentos e para a refilantropização da assistência social ? mesmo que seus adeptos rejeitem o rótulo da "filantropia" por ser facilmente associado com a caridade ou com igrejas de modo geral.
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282010000300006
? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!