SóProvas


ID
349645
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ABIN
Ano
2010
Provas
Disciplina
Educação Física
Assuntos

As reações da glicólise formam relativamente pouco ATP. Consequentemente, o metabolismo aeróbio proporciona a maior parte da transferência de energia quando o exercício intenso dura mais de alguns minutos. Considerando esses aspectos, julgue o item. 


As gorduras necessitam dos intermediários gerados no fracionamento dos carboidratos (piruvato, oxalacetato) para seu catabolismo contínuo visando à produção de energia. Nesse sentido, é correto afirmar que as gorduras são queimadas em uma chama de carboidratos.

Alternativas
Comentários
  • Um certo nível de fracionamento dos carboidratos é necessário para as gorduras serem metabolizadas continuamente para a produção de energia na usina metabólica. 

     

  • Um aspecto interessante da usina metabólica é que o fracionamento dos ácidos graxos depende em parte de um certo nível prévio e contínuo de catabolismo dos carboidratos. Convém lembrar que acetil-CoA entra no ciclo de Krebs combinando-se com oxaloacetato para formar citrato. Esse oxaloacetato é gerado a partir do piruvato durante o fracionamento dos carboidratos sob o controle da enzima piruvato carboxilase. A degradação dos ácidos graxos através do ciclo de Krebs somente continua se houver oxaloacetato suficiente para combinar-se com o acetil-CoA formado durante a oxidação-B. A formação de piruvato durante o metabolismo da glicose desempenha um papel importante na manutenção de um nível apropriado desse intermediário oxaloacetato; quando o nível de carboidratos diminui, o nível de oxaloacetato pode tornar-se inadequado. Nesse sentido, as gorduras queimam em uma chama de carboidratos. É igualmente provável que haja um limite de velocidade para a utilização dos ácidos graxos pelo músculo ativo. O treinamento aeróbio pode ampliar esse limite, porém a potência gerada exclusivamente pelo fracionamento das gorduras é apenas aproximadamente a metade daquela conseguida quando os carboidratos representam a principal fonte energética. Assim sendo, a produção máxima de potência do músculo deverá terminar quando o glicogênio muscular é depletado. Assim como a condição hipoglicêmica está associada com uma fadiga central ou neural, a depleção de glicogênio muscular tb é a provável causa de uma fadiga muscular periférica ou local durante o exercício. Durante a restrição ou depleção extrema de carboidratos, o acetil-CoA produzido na oxidação-B e os AGLs provenientes do tecido adiposo se acumulam nos líquidos extracelulares, pois não conseguem penetrar no ciclo de Krebs. Esses compostos são transformados prontamente pelo fígado para uma forma de acetona denominada corpos cetônicos, alguns dos quais são excretados na urina. Se essa condição, denominada cetose, persiste, a qualidade ácida dos líquidos corporais pode aumentar até alcançar níveis tóxicos (McArdle).