SóProvas


ID
3499378
Banca
Instituto UniFil
Órgão
Câmara de Jataizinho - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os relatos de medo, dor e surpresa em Brumadinho

Moradores dizem que sirenes de alerta não tocaram

Por Bárbara Ferreira e Camila Bastos


      Para quem mora em Brumadinho (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a última sexta-feira do mês de janeiro trouxe uma tragédia que pode superar em número de vítimas o desastre de Mariana, na região central do estado, há três anos. Testemunhas descrevem o momento do rompimento da Barragem 01, da Mina do Feijão, falam do medo de não rever familiares e conhecidos, e dizem que as sirenes de alerta não tocaram no momento da ruptura da barragem. Até a noite desta sexta-feira, o governo de Minas havia confirmado o resgaste de sete corpos e cerca de 150 desaparecidos em Brumadinho.

      O técnico de eletromecânica Maicon Vitor, de 22 anos, viu a destruição chegar assim que saiu do refeitório da empresa. Ele havia acabado de almoçar e seguia para o vestiário quando ouviu a barragem romper.

      — Desceu arrastando oficinas, escritórios, o refeitório tudo que estava na frente foi embora – disse ele, que deixou para trás 14 amigos e a mãe, motorista da mina. 

      Maicon contou como escapou para a rota de fuga – estabelecida pela Vale e ensinada em treinamentos – com outros cerca de 40 funcionários.

      — Depois que a barragem desceu, eu e mais dois voltamos para ajudar no resgaste – disse ele.

      Além de auxiliar no salvamento de duas mulheres, eles também retiraram dos escombros o corpo de um motorista da empresa.

      O bombeiro civil D. resume como um “cenário de completa destruição” o que encontrou ao chegar ao local. Ele, que preferiu não se identificar, diz que foi uma das primeiras pessoas a acessar a área da mineradora.

      — Não ouvi a sirene tocar. Logo que cheguei, sabia que havia muitos mortos. Conseguia ver partes dos corpos. Havia poucas pessoas no local e logo o resgate começou a chegar. Era um completo caos. Desde o início eu sabia que sobreviventes seriam poucos — relatou D.

      A falha no equipamento de segurança também foi relatada por Maicon Vitor, que ouviu o barulho da tragédia, mas garante o silêncio das sirenes. Mesmo atônito com a situação, ele permaneceu no local para auxiliar nas buscas.

      — Todo mundo que não foi soterrado permaneceu aqui. Estamos esperando informações — disse ele.

      [...]

Disponível em https://oglobo.globo.com/brasil/os-relatos-de-medo-dor-surpresa-em-brumadinho-23404274 

Assinale a alternativa que apresenta quem disse que depois que a barragem desceu, ele e mais dois voltaram para ajudar no resgaste.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    Maicon contou como escapou para a rota de fuga – estabelecida pela Vale e ensinada em treinamentos – com outros cerca de 40 funcionários.

    — Depois que a barragem desceu, eu e mais dois voltamos para ajudar no resgaste – disse ele.

    O pronome pessoal do caso reto é usado como substituição do substantivo próprio (Maicon Vitor).
    ☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!