A figura de Carlos Marighela é controversa. E, embora seu nome esteja ligado à ideia de tortura e morte durante o regime militar, sua vida e seus atos políticos anteriores a esse período são pouco conhecidos.
Ele era natural da Bahia, nascido em 1911, neto de escravos.
Sua primeira ação política foi a publicação, em 1934, de um poema contra Juracy Magalhães, interventor da Bahia que substituiu o governador, tendo sido nomeado por Getúlio Vargas. A divulgação do poema resultou em sua prisão.
Neste mesmo ano de 1934 abandonou o curso de Engenharia e veio para o Rio de Janeiro, onde passou a ser militante profissional do Partido Comunista Brasileiro, sendo responsável pela imprensa e divulgação do partido. Foi preso e torturado por Filinto Müller durante a ditadura de Vargas. Saiu em 1935 e viveu na clandestinidade até 1939.
Novamente preso e torturado, ficou preso até 1945.
Em 1946 elegeu-se deputado federal constituinte pelo Partido Comunista. Depois que o partido foi colocado na ilegalidade no governo de Eurico Gaspar Dutra não mais dedicou-se à carreira política formal. Entre 1953 e 1954 foi à China conhecer a Revolução de perto.
Já em 1964 foi baleado e preso pelo DOPS, Departamento de ordem Politica e Social. Foi liberado em 1965 por ordem judicial e engajou-se na luta armada.
Em 1968 fundou a Aliança Libertadora Nacional, por discordância com o PCB, tendo sido expulso do partido. Atuou, junto com o MR8, em ações de sequestro de embaixadores e assaltos a bancos.
Foi considerado “inimigo número 1" do regime militar. Foi emboscado e morto a tiros em novembro de 1969. Pouco ou nada de sua obra escrita é conhecido.
A pequena biografia de Marighela permite dizer que a afirmativa está incorreta. Não só ele não era militar como foi deputado apenas por um ano e não lutou para depor João Goulart, tendo sido na verdade ativo opositor da ditadura de Vargas e do Regime militar.
RESPOSTA: ERRADO.