SóProvas


ID
352336
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Saúde Pública
Assuntos

Após a Reforma Sanitária, diversas mudanças nos modelos de enfrentamento de problemas de saúde no Brasil vêm ocorrendo. O modelo “sanitarista”, correspondente à Saúde Pública institucionalizada no país no século passado, tem como característica:

Alternativas
Comentários
  • O Modelo SANITARISTA, também conhecido como campanhista, foi o primeiro modelo a surgir na construção das políticas de saúde no Brasil. Suas ações existem nos dias atuais e coexistem com os modelos privatista e de vigilância da saúde. E de suas características mais fortes: 

    ações baseadas na realização de campanhas e em programas especiais.

    Modelo SANITARISTA = Modelo CAMPANHISTA

    PRIMEIRO MODELO na construção de políticas de saúde no Brasil.

    Fonte: Enfconcursos

  • MODELOS DE SAÚDE (MAIS APLICADOS NO SUS HOJE)

    Hoje, o sistema de saúde brasileiro é uma relação entre os mais diversos modelos assistenciais, com maior vinculação aos modelos hegemônicos, bem como, o modelo médico assistencial privatista e o modelo assistencial sanitarista. Em contrapartida também busca a construção de modelos alternativos.

    Modelos Hegemônicos

     

    Este modelo privilegia as demandas espontâneas da população com atendimento médico unicamente. 

    Tem como características principais: individualismo, saúde/doença da mercadoria, a história da prática médica, medicalização dos problemas, privilégio da medicina curativa, estímulo ao consumismo médico.

    Modelo Médico Assistencial Privatista

    Esse modelo é centrado também na demanda espontânea, porém baseado em procedimentos e serviços especializados e na clínica. Ainda é o mais prestigiado na sociedade. 

    O seu perfil principal é: demanda aberta, o objetivo é a doença ou o doente, seu agente é o médico, complementado pelos paramédicos, os meios de trabalho são as tecnologias médicas, as formas de organização são as redes de serviços, com destaque para hospitais.

    Esteve presente na assistência filantrópica e na medicina liberal. Fortalecido através do INAMPS, Instituto Nacional da Previdência Social.

    Modelo Sanitarista

    Essencialmente constituído de campanhas de saúde, programas especiais e vigilâncias. Tem como principais exemplos de sua atividade: vacinação, controle de epidemias e erradicação de endemias

    O modelo sanitarista tem os seguintes aspectos: remete a ideia de campanha e programa, ilustra a saúde pública centrada no biomédico, fortalece influência americana, desenvolve programas especiais, incorpora ações de vigilância sanitária e epidemiológica.

    Vigilância de saúde

    Essa proposta visa: problemas de saúde, respostas sociais, correspondência entre níveis de determinação e níveis de intervenção (controle de causas, de riscos e danos), práticas sanitárias (promoção, proteção e assistência).

    Sendo seus principais aspectos: Intervenção sobre os problemas de saúde; maior atenção em problemas que requerem maior atenção e maior acompanhamento; relação entre as ações promocionais, preventivas e curativas; atuação entre os setores e ações sobre território.

    FONTE: Sanarsaude.com

  • ASPECTOS HISTÓRICOS DO MODELO SANITARISTA/ CAMPANHISTA:

    O médico Oswaldo Cruz surge nesse período na cidade da Rio como figura chave para tentar conter as tais pandemias na cidade do Rio. Ele utiliza e inaugura um modelo denominado “Sanitarismo Campanhista” (pautado em campanhas sanitárias que objetivam controlar determinada doença). Oswaldo Cruz conseguiu controlar em nosso país três doenças: febre amarela (mosquito aedes), varíola e a peste bubônica (ratos), bem como ele trabalhou com o saneamento de espaços urbano.

    Ele encabeçou, juntamente com o presidente Rodrigues Alves, em 1904, o decreto lei 1.261 que obrigava a população da cidade do Rio de Janeiro a se vacinar contra varíola. O sujeito que não se vacinava, não podia se empregar, viajar, etc. A população não aceitou tal obrigatoriedade, gerando a famosa “REVOLTA DA VACINA”, devido a reação popular, o governo acabou com a “obrigatoriedade”.

    Enquanto que Oswaldo Cruz fazia parte do SANITARISMO IMPOSITIVO, que se baseava na polícia médica alemã, a qual dava poder de polícia aos sanitaristas. Por isso que houve o episódio da revolta da vacina, no qual os sanitaristas desejavam obrigar a população a se vacinar.

    Sucessor de Oswaldo Cruz – Carlos Chagas, aluno de Oswaldo Cruz, fez parte do movimento “Sanitarista Campanhista do Espaços Rurais”, desenvolvendo trabalhos com a malária, ancilostomose, doença de chagas/ mal de chagas, etc. Ele adota uma metodologia de trabalho diferente de Oswaldo Cruz, já que Chagas investe na EDUCAÇÃO SANITÁRIA”, que sobretudo visava a compreensão da população do “porquê” de determinadas medidas sanitárias.

    Doença de chagas – foi Carlos Chagas que mapeou toda a etiologia da doença, bem como seu vetor transmissor, o conhecido “besouro barbeiro” o qual carrega consigo um protozoário chamado de Trypanosoma cruzi.