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ID
3539254
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
ITEP - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

É caracterizada pelo comportamento compulsivo do descontrole de impulso frente ao estímulo gerado pela criança, isto é, o abusador, por não se controlar, usa a criança para obter excitação sexual e alívio de tensão, gerando dependência psicológica e negação da dependência. O enunciado relaciona-se ao abuso sexual intrafamiliar de crianças e caracteriza

Alternativas
Comentários
  • Na síndrome de adição, a rotina de violações, mesmo fazendo mal à criança ou adolescente e tendo o perpetuador plena noção de não ser algo aceito social e eticamente, é encarada por ele como um vício do qual não consegue se livrar. “No abuso sexual, crianças estruturalmente dependentes são como a ‘droga’ para a pessoa que abusa”, compara a psicóloga. Já a síndrome do segredo é mantida pelo violador por meio de ameaças – que podem ir desde violência física até perturbação psicológica, ao afirmar que as revelações do(a) filho(a) seriam responsáveis pela destruição da família – e proibições a suas vítimas de revelarem os abusos que sofrem.

    As síndromes da adição e do segredo se unem, então, formando um círculo vicioso que permite a repetição dos abusos. Enquanto a adição impulsiona o abusador a recomeçar seus atos, “o ciclo se repete mantido pelo segredo, durante longos períodos de tempo”, explica Rita de Cássia. Para ela, o mais importante da teoria de Furniss é ter mostrado que o fato de um abusador admitir seus atos não pode ser enxergado como indício de que este estaria “curado” de seu comportamento desviante. “A prova e admissão da autoria do abuso sexual operam no domínio legal, não na psique do abusador”, alerta.

  • No intuito de compreender o motivo ensejador do abuso sexual infantil, na maioria das vezes incompreendido pela sociedade em geral, causadora de reações de choque e repugnância, os estudiosos se depararam com um fenômeno psíquico, que se convencionou denominar de síndrome de adição, caracterizada pelo comportamento compulsivo do descontrole de impulso frente ao estímulo gerado pela criança, ou seja, o abusador, por não se controlar, a criança para obter excitação sexual e alívio de tensão, gerando dependência psicológica e negação da dependência.

    O abuso sexual da criança como síndrome de adição não significa que as pessoas que abusam sexualmente não sofram ou não possam estar precisando de ajuda. A diferença está na natureza sexual do abuso sexual. A excitação e o subsequente alívio sexual criam dependência psicológica e negação da dependência. Isso traz problemas específicos no manejo geral do abuso sexual da criança e na terapia dos perpetradores. Assim, as pessoas que causam o abuso sexual infantil também sofrem e precisam de ajuda. Ajuda esse que passa por um tratamento, e não apenas em punição. 


    Gabarito do Professor: Letra B.