Avaliação Participativa
Uma das características que distingue a avaliação participativa de outras
formas de avaliação é a ausência da figura do expert em avaliação, ou seja, do
especialista cujo conhecimento específico sobre o processo avaliativo se converte
em poder particularizado sobre esse processo. Por isto, em princípio, também é
distintivo na avaliação participativa o fato de que todos podem tomar decisões
sobre ela em decorrência – mas ao mesmo tempo como uma premissa – de seu
envolvimento com a avaliação. Sujeitos de diferentes saberes e posições de poder
podem, portanto, apropriar-se da avaliação numa lógica de empoderamento que
é, simultaneamente, constitutivo do e constituído pelo processo avaliativo.
Os sujeitos protagonistas da Avaliação Participativa (AP) produzem
conhecimento sobre si e suas relações, e sobre a instituição e suas relações,
uma forma de conhecimento social por todos produzida e em permanente
reconstrução. Ao fazê-lo, realizam uma forma de aprendizagem política de
democracia forte (Leite, 2005).
Avaliação participativa:
intencionando minimizar a distância entre o avaliador e o público alvo, esse tipo de avaliação prevê a adesão
desse público em todo o processo, o que envolve o planejamento, a execução, acompanhamento e, por fim, a avaliação. De acordo com Carvalho (2001), tendo como eixo metodológico fundante o envolvimento e a participação dos formuladores, gestores, implementadores e público alvo, a avaliação participativa é capaz de apreender o pluralismo social e alcançar dois objetivos centrais: incorporar o público alvo nas ações e desencadear um processo de aprendizagem social.
Maciel, Walery Luci da Silva. Gestão Social: planejamento e avaliação. UnisulVirtual, 2014. Disponível em: