SóProvas


ID
3609838
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Linhares - ES
Ano
2020
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Desde 2008, com a eclosão da nova fase de crise do capital, assistimos à expansão significativa do processo de precarização estrutural do trabalho (ANTUNES, 2018). Essa tendência se desenhava desde princípios da década de 1970, quando deslanchou o processo de reestruturação produtiva do capital em escala global. Um dos elementos mais expressivos desse processo pôde ser observado com o ingresso da China no mercado capitalista, acompanhado da inserção ou da ampliação da atividade industrial em vários países do mundo asiático. Tendo em vista essa reflexão, as principais externalidades negativas da nova morfologia do trabalho que atualmente têm impactado a realidade brasileira são:

Alternativas
Comentários
  • Subemprego é a sub-utilização de um trabalhador, devido a este se sujeitar a um trabalho que não usa suas habilidades, que é de jornada parcial, ou que deixa o trabalhador ocioso e/ou de remuneração muito baixa, ou emprego informal, sem vínculo ou garantia.

     "A flexibilização do Direito do Trabalho é o conjunto de regras que tem por objetivo instituir mecanismos tendentes a compatibilizar as mudanças de ordem econômica, tecnológica, política ou social existentes na relação entre o capital e o trabalho" (MARTINS, 2000: 25).

    Gabarito D.

  • Subemprego é uma condição em que determinado trabalho é exercido sem a necessidade de qualificação profissional, recebendo, para isso, salários muito baixos. ... Muitas vezes, a falta de oferta de emprego para profissionais qualificados, obriga-os a procurar e ocupar vagas em subempregos.

    ---> exemplos:Subemprego é uma situação econômica localizada entre o emprego e o desemprego. ... Os trabalhadores em situação de subemprego não podem pagar a Previdência Social, nem possuem direitos trabalhistas.

    ---> exemplos Camelôs e catadores de papéis.

    GABARITO LETRA D

    BONS ESTUDOS

  • A crise dos contratos de crédito do setor imobiliário norte americano pautou o cenário de uma crise econômica mundial  que vinha se desenhando desde anos antes. Na Ásia, países que foram conhecidos por tigres asiáticos até a crise do final dos anos 1990, haviam passado por uma profunda reformulação no setor industrial e educacional ameaçando a hegemonia estadunidense na produção e exportação de tecnológicos ao redor do mundo. Desde a década de 1970, as chamadas Zonas Econômicas Especiais chinesas mostravam a disposição do país mais populoso do mundo para entrar de vez no comércio global.
    A China, com uma oferta maciça de mão de obra mais barata, controle estatal forte e produção em larga escala a baixo custo, invade o mercado de exportações e afeta a produção industrial interna de países como o Brasil, dependente economicamente e industrialmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologia de ponta e grande volume de exportação de industrializados. 
    A crise de 2008 afetou o Brasil,  havendo desvalorização da moeda além de recesso na economia, tendo como consequência o aumento do desemprego que leva  parte da população sem emprego à informalidade. A partir da estruturação do neoliberalismo nas relações entre Estado e setores produtivos, econômicos e de serviços, observamos uma crescente terceirização desses setores entregues à iniciativa privada, acarretando numa política de flexibilização das relações de trabalho, fragilizando cada vez mais os vínculos empregatícios e retroalimentando o ciclo do desemprego e da informalidade. 
    O conhecimento acerca de globalização da economia e sua consequente fragmentação dos centros de produção a partir da descentralização da produção das mercadorias de grandes empresas, principalmente em busca de mão de obra farta e barata em zonas como os países asiáticos, principalmente na China, é desejável.   Além disso, é preciso saber sobre as consequências dessas novas relações de trabalho no setor produtivo brasileiro e, em políticas de Estado neoliberais. 
    A questão versa acerca de efeitos negativos das relações de trabalho e novas maneiras de conduzir a estrutura produção que acontecem no Brasil.
    A) INCORRETA – A redução da jornada de trabalho, transformando algumas funções em subempregos também contribui para a precarização das relações de trabalho, tendo como consequência socioeconômica o aumento dos indicadores de pobreza e violência além de jogar uma grande parcela da população na informalidade. 
    B) INCORRETA – Embora a pobreza e a violência sejam também consequências dos desdobramentos da globalização e da abertura do mercado interno ao capital privado estrangeiro, as consequências diretas estão ligadas ao setor produtivo, como a redução de postos de trabalho, flexibilização das relações trabalhistas e o desemprego estrutural que leva à informalidade. 
    C) INCORRETA – A terceirização de vários setores levam empresas a diminuírem os vínculos empregatícios, flexibilizando cada vez mais as relações de trabalho, fragilizando os postos de trabalho. No campo político, a entrada de empresas em áreas onde só o Estado controlava tem aumentado a corrupção para o favorecimento grupos empresariais ligados a políticos que usam da máquina pública para seus lucros individuais. 
    D) CORRETA – A partir do advento da globalização, observamos um aumento da entrada de empresas estrangeiras no mercado brasileiro, gerando uma retração da produção nacional. A entrada do capital privado estrangeiro em setores antes administrados pelo Estado, torna precárias as relações de trabalho, gerando grande desemprego, levando muitas pessoas à informalidade devido à dificuldade de reinserir-se no mercado de trabalho onde postos de trabalho diminuem cada vez mais. 
    E) INCORRETA – O subemprego cresce no Brasil e no mundo de forma constante e acelerada devido à fragmentação da produção dos grandes grupos empresariais, que se aproveitam da pouca oferta de trabalho em determinadas regiões do mundo para explorar a mão de obra local pagando salários baixíssimos, maximizando seus lucros e, vendendo seus produtos mundo afora. 

    Gabarito do Professor: Letra D.