"a pesquisa para o Serviço Social, na atualidade, é entendida como uma atribuição profissional que se expressa na formação e no trabalho do assistente social. Na formação profissional ela tem sido denominada pesquisa acadêmico-científica, que é realizada na graduação e tem a pós-graduação como espaço privilegiado, na tentativa de analisar a realidade social e, ao mesmo tempo, responder às exigências das instituições financiadoras que avaliam os projetos de pesquisa, e também aquelas (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES; e Ministério da Educação - MEC) que apreciam e recomendam os cursos de graduação e pós-graduação.
A partir da década de 1980 e, sobretudo, ao longo dos anos 1990, a pesquisa também tem sido compreendida como constitutiva do trabalho profissional, visto que assume papel importante para o posicionamento ético e estratégico na construção de ações profissionais críticas e qualificadas na prestação dos serviços à população. Ações que devem estar pautadas na análise dos processos sociais e dos desafios ciclicamente redesenhados na agenda das políticas sociais e do trabalho profissional.
A distinção existente entre pesquisa acadêmico-científica e pesquisa em serviços ou associada ao trabalho profissional é marcada por uma série de problematizações que se aproximam na compreensão e defesa de sua centralidade no trabalho docente e do assistente social caracterizado como de campo. Porém, se distanciam ao alimentar o debate do caráter do conhecimento produzido."
Referência: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-49802017000300390&script=sci_arttext