Eric Hobsbawn, historiador britânico, publicou, em 1994, a obra A Era dos Extremos – O breve século XX. A proposição de “ breve século XX" se contrapõe àquela do “ Longo século XIX" . Da mesma forma que estabeleceu a caracterização do século XIX entre a Revolução Francesa e a primeira Guerra Mundial ( 1789 – 1914), Hobsbawn defendeu a ideia de que pode – se periodizar do século XX entre 1914 e 1991, por conta de características marcantes destes tempos.
Embora tal proposição tenha recebido contestações e críticas, intelectuais da área de Ciências Sociais parecem concordar com a ideia de que a queda do muro de Berlim em 1989 e o desmantelamento da então União Soviética são simbólicos do final de uma Era. Aquela que Hobsbawn chamou de “Era dos Extremos".
Há aqueles que destacam a Guerra do Golfo, iniciada quando o exército iraquiano invadiu o território kuwaitiano em 2 de agosto de 1990. De qualquer forma, já em um momento de declínio da lógica da guerra fria . Ela sendo a disputa de poder na arena internacional, entre URSS e EUA, que marcou de maneira significativa as políticas internacional e nacionais, durante o século XX.
O ataque às Torres Gêmeas em Nova York , EUA, em 11 de setembro de 2001, coloca a nú uma das questões mais sérias da Nova Ordem Mundial: o terrorismo. Terrorismo esse que é difícil de ser controlado pois perpassa nacionalidades, espaços, fronteiras e até mesmo tempos.
Eis porque a afirmativa apresentada está incorreta
Gabarito do professor: ERRADO.
GABARITO CERTO
A Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político.
A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.
Mudanças na hierarquia internacional
Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.
A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.
Fonte: BRASIL ESCOLA
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/nova-ordem-mundial.htm