Uau! Suei, mas consegui acertar.
Entendi da seguinte maneira:
1. O personagem principal do poema é o professor Carlos Góis. ERRADO!
O personagem principal é quem está narrando a história.
Estando a afirmativa 1 errada, já conseguimos eliminar as alternativas A e C.
2. As estrofes 1 (linhas de 1 a 4) e 2 (linhas de 5 a 7) referem-se a coisas distintas. CERTO!
A estrofe 1 refere-se à linguagem FALADA ("(...) na ponta da língua. Tão fácil de FALAR (...)"). A estrofe 2 refere-se à linguagem ESCRITA ("(...) superfície estrelada de LETRAS(...)").
Se a afirmativa 2 está correta, podemos eliminar TODAS aquelas que não a têm. Resta apenas as afirmativas C e D. Como eliminamos a C anteriormente, a ÚNICA que pode está certa é a D!
3. O poema refere-se às duas formas de uso da Língua Portuguesa. CERTO!
Refere-se à linguagem FALADA e à linguagem ESCRITA.
4. O último verso representa uma síntese da temática do poema. CERTO!
"O português são dois; o outro, mistério." Realmente são duas formas: a falada e a escrita.
O "outro" não entendi com clareza e certeza a que se refere. Ao "namoro"? Não sei.
Se algum colega mais esclarecido puder explicar, agradeço.
5. O namoro, mencionado no poema, era entrecortado pela linguagem culta. ERRADO!
"entrecortada" é uma característica da língua em questão. Afirmativa sem pé nem cabeça.
Foi assim que entendi a questão e resolvi ajudar aos colegas que estão no mesmo barco. Se falei alguma besteira, peço perdão e que corrijam.
""O português são dois; o outro, mistério." Realmente são duas formas: a falada e a escrita.
O "outro" não entendi com clareza e certeza a que se refere. Ao "namoro"? Não sei.
Se algum colega mais esclarecido puder explicar, agradeço."
Olá amigo de cima, tudo bem? Acho que encontrei sua explicação. O que acontece é o seguinte, no texto todo o autor fala que existem duas formas de gramática: a falada e a escrita, mas quem seriam os outros?
De acordo com o texto abaixo (eu depreendi assim, portanto, vou deixar a fonte caso alguém tenha outra interpretação), os outros referem-se àqueles que querem impor uma nova linguagem ao povo, por exemplo: judiciário (com uma linguagem rebuscada), bulas de remédio e por aí vai. Segue a explicação:
"É pautado nos princípios da unidade linguística que se aniquilam as produções científicas e literárias, pois ao admitir apenas um modo de uso da palavra, aqueles que não dominam esta modalidade tendem a se calar. Enquanto que se o falante usasse livremente da palavra, ou seja, se ativesse ao conteúdo mais que a forma, seria capaz de produzir qualquer texto e dialogar sobre todos os assuntos, entretanto, quando o discurso se prende as regras de livros, o falante tende a se ocultar por medo de falar errado. No poema Aula de português de Drummond, encontramos essa realidade apresentada liricamente,
A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. / A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? / Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me./ Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. / O português são dois; o outro, mistério. (ANDRADE, 1988, apud SILVA, 2004, p.129)
Percebemos então que a aquisição da norma-padrão enquanto única modalidade linguística aceita, não soma ao indivíduo, ao contrário, subtrai, pois o falante perde a variante com a qual se comunica em qualquer situação para adquirir superficialmente uma que não lhe pertence.
A língua veicula os valores, crenças e a cultura do povo que a usa, romper com esta é ignorar a própria história; é abrir mão da sua identidade em prol da de outros, os quais se reafirmam cada vez mais como dominadores e opressores daqueles que perdem suas raízes."
Fonte: É o site Brasil Escola, pelo visto o q concursos não aceita link...rs