I - CORRETA - A partir de meados da década de 1990, começamos a presenciar importantes mudanças no campo da prática da psicologia em comunidade (FREITAS, 2005). Temos o aparecimento de diferentes instituições e entidades da sociedade civil, que se comprometem e se preocupam com os direitos básicos das pessoas e com a garantia de uma vida social digna. Assistimos à procura de diferentes segmentos e instituições da sociedade por atuações dos psicólogos que sejam ‘diferentes das tradicionais’ ou atuações novas, dirigidas aos problemas vividos pelas pessoas em suas vidas. São demandas associadas à saúde pública e coletiva, à violência cotidiana e doméstica, às formas de intolerância e preconceito para com as minorias sociais, às diferentes redes de relacionamento social e interpessoal.
II - ERRADA - Nesta linha de reflexão, no quadro atual, pode-se dizer, então, que nos deparamos com inúmeros projetos de intervenção e ação comunitária, que apresentam algumas incoerências e paradoxos. Embora tais trabalhos defendam uma melhora na vida das pessoas e manifestem uma preocupação com as condições sociais delas, os projetos políticos e os seus compromissos efetivos são secundarizados, sobressaindo uma forte preocupação para com a quantidade e eficiência das ações pró-cidadania e pró-inclusão, como se os resultados e os números pudessem substituir os processos de formação, conscientização e participação. Ou seja, como se tais resultados ‘eficientes’ pudessem, por si só, ser sinônimos de projetos e compromissos políticos, em longo prazo, para a construção de uma sociedade mais justa e melhor.
III - CORRETA - a Psicologia Social Comunitária assume, também, uma ação pedagógico–formativa, já que deve ter um caráter preventivo na perspectiva de implementar projetos políticos que resultem em mudanças na vida cotidiana das pessoas.
IV - ERRADA - Quando os problemas já estão localizados, deve também desenvolver ações pontuais e específicas, sem contudo perder a perspectiva das possibilidades históricas presentes em um projeto político de sociedade.
FONTE:
FREITAS, MFQ. Intervenção psicossocial e compromisso: desafios às políticas públicas. In JACÓVILELA, AM., and SATO, L., orgs. Diálogos em psicologia social [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2012. p. 370-386. ISBN: 978-85-7982-060-1. Available from SciELO Books .