Alternativas
Os anos 20 do século passado foram marcados pelos levantes tenentistas, que, reprimidos na primeira tentativa (Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, 1922), obtiveram duas expressivas vitórias militares contra as forças federais - em São Paulo, em 1924, e com a Coluna Prestes, entre 1925 e 1927.
O consenso em torno da candidatura presidencial de Vargas, em 1929, sendo João Pessoa candidato a vice-presidente, refletia a convergência de interesses entre os grupos políticos dominantes em São Paulo e Minas Gerais, fortalecia a "política do café-comleite" e afastava o perigo de ruptura institucional.
Característica marcante da Era Vargas foi, desde o início, a crescente ampliação da capacidade de intervenção do Estado na economia, na sociedade e na condução da política nacional, que restringia o poder das oligarquias regionais e a força do federalismo.
O clima de crescente radicalização e mobilização ideológica, em meados da década de 30 do século passado, quando a irrupção do novo fenômeno de uma política de massas tomou conta do Brasil, teve, na Ação Integralista Brasileira e na Aliança Nacional Libertadora, respectivamente, os principais expoentes das posições políticas de esquerda e de direita.
A uniformidade de posições que caracterizava o Estado Novo e que dera a Vargas a sustentação política para editar as leis de proteção ao trabalho, como a CLT, também se manifestou na esfera militar, o que explica a decisão de entrar na guerra contra o nazifascismo pouco depois de iniciado o conflito mundial.