Para resolução da questão em
análise, faz-se necessário o conhecimento da evolução da administração pública no
Brasil, sendo mais especificamente cobrado o Gerencialismo.
Administração Pública
Gerencial (Gerencialismo) foi um conjunto de teorias surgidas nos anos 70, que
orientavam reformas na administração pública baseadas nos princípios gerenciais das empresas privadas, ou seja,
buscava-se trazer a mesma eficiência e eficácia do ambiente privado para o
público.
No Brasil, Segundo
Paludo, o novo modelo de administração gerencial teve início na era Fernando Henrique Cardoso (1995), e tinha o firme propósito de que o Estado deveria coordenar e regular a economia, e,
finalmente, começa a reforma da administração rumo ao modelo gerencial. (PALUDO, 2013, p. 94).
Por
conseguinte, ocorreu a criação do Ministério da Administração e Reforma do
Estado (MARE) e nomeado como ministro Bresser-Pereira, que é o criador do Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). Sendo este, o marco do
gerencialismo no Brasil.
Com
efeito, um dos objetivos do gerencialismo é mudar uma estrutura centralizada e
auto referida da burocracia para uma estrutura descentralizada. Esta reforma
presume manter um núcleo central e transferir para o setor
privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado.
Neste
sentido, segundo o PDRAE, é possível distinguir o aparelho do Estado
(Administração Pública) em quatro setores: núcleo estratégico, atividades
exclusivas, serviços não exclusivos e produção para o mercado, conforme imagem
abaixo:
Tabela retirada de
Paludo, 2013, p. 104.
Ante o
exposto, a questão está errada ao afirmar que a tendência do estado na
atualidade é concentrar esforços na centralização administrativa, dado que
atualmente é adotada a administração pública gerencial que visa a
descentralização e não a centralização como afirma a questão.
Outrossim,
a ideia do gerencialismo é transferir para o setor privado as
atividades que podem ser controladas pelo mercado e não interferir diretamente
na atividade econômica por meio de suas empresas públicas como afirmou a
questão, tampouco fortalecer o setor de serviços não-exclusivos, que no novo
modelo será alvo da publicização.
Gabarito do Professor: Errado.