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ID
3742342
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

    A comunicação pode ser entendida como o compartilhamento de um significado entre dois ou mais indivíduos e, na maioria dos casos, não ocorre espontaneamente, sem qualquer objetivo. Ela é iniciada por alguém que visa alcançar um determinado resultado.
    No processo de comunicação intercultural, ao comunicador compete conhecer tanto a sua cultura quanto a cultura de seu receptor. Do ponto de vista teórico, tais recomendações não se distanciam muito do esquema elementar desenvolvido pelo professor Wilbur Schramm, nos primórdios dos estudos da comunicação. Ao transmissor competia codificar uma ideia e gerar um sinal − ou mensagem − através de um meio, de modo que o receptor pudesse decodificá-lo e absorver o seu significado. Esse processo desenrolava-se sobre um cenário, ou contexto, e dizia-se que cabia ao transmissor dimensionar a mensagem no nível de percepção e entendimento do receptor.
     São comuns, entretanto, as situações em que, em lugar de assumir esperadas posições de competência na comunicação intercultural, vemos transmissores emitindo mensagens que não são compreendidas pelos seus receptores, impossibilitando-os de produzir significados próprios e transformando-os em meros repetidores do que ouvem − numa clara relação de dominação. Os exemplos seriam muitos; para lembrar apenas um, no campo da comunicação empresarial, podemos mencionar o grande número de empresas internacionais que utiliza, no Brasil, slogans ou lemas publicitários em inglês − sem tradução − a despeito do fato de que não mais do que dez por cento da população seja fluente nesse idioma.

(Adaptado de: PENTEADO, José Roberto Whitaker. “A comunicação intercultural: nem Eco nem Narciso”. In: SANTOS, Juana Elbein dos
(org.). Criatividade: Âmago das diversidades culturais − A estética do sagrado. Salvador, Sociedade de Estudo das Culturas e da Cultura
Negra no Brasil, 2010, p. 204-205) 

Considere os seguintes trechos do 3º parágrafo:

São comuns, entretanto, as situações em que, em lugar de assumir esperadas posições de competência na comunicação intercultural, vemos transmissores emitindo mensagens que não são compreendidas pelos seus receptores...

Os exemplos seriam muitos; para lembrar apenas um, no campo da comunicação empresarial, podemos mencionar o grande número de empresas internacionais que utiliza, no Brasil, slogans ou lemas publicitários em inglês...

Nesses contextos, as formas verbais flexionadas na primeira pessoa do plural, vemos e podemos, referem-se, respectivamente, 

Alternativas
Comentários
  • E

    a um agente não especificado, que pode incluir o autor e o leitor, e ao autor apenas.  

  • Uma questão que se resolve por eliminação, já que os tempos verbais "vemos" e "podemos" indicam a 1ª pessoa do plural - NÓS. Assim qualquer questão que tenha termos como "ao autor somente", caso da letra A, C e D, devem ser desconsideradas. A letra B possui um termo excludente -  que exclui o leitor -, que contraria primeira pessoal do plural. Resta, então, a letra E como gabarito:

    E - a um agente não especificado, que pode incluir o autor e o leitor, e ao autor apenas.

  • No primeiro trecho, fala de uma situação comum (São comuns, entretanto, as situações em que...), então, tanto o autor como o leitor podem vê-la

    No segundo, é o autor que traz um exemplo escolhido por, então a forma verbal "podemos" se refere a quem escreveu o texto, e não a um agente não especificado.