SóProvas


ID
3752581
Banca
CETREDE
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mar português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas filhas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar.

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quiser passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa.

Nos dois primeiros versos, pode-se encontrar as figuras de estilo

Alternativas
Comentários
  • GAb A, fonte https://www.infoescola.com/linguistica/apostrofe/

    1) A apóstrofe é a figura de linguagem que consiste em interromper a narração para dirigir a palavra a pessoas ausentes ou ao leitor. Sintaticamente, a apóstrofe exerce a função de vocativo dentro de uma sentença. Veja alguns casos: Tende piedade de mim, Senhor, de todas as mulheres
    Que ninguém mais merece tanto amor e amizade.
    (Vinícius de Moraes)

    2) Nesse sentido, a relação de sentido e a associação de ideias provocam, em determinadas situações de usos linguísticos, a substituição de um termo pelo outro. Observe quando um falante relaciona o autor de um livro à sua obra, e substitui o título pelo seu nome:

    Estou lendo Machado de Assis. (metonímia)

    Hiperbole é o exagero, francamente achei forçado dizer que há nesta questão outras figura são muito mais claras.

    Já Assonância – Repetição de sons vocálicos. Sal ... salgado.

    Pleonasmo – Repetição de uma ideia já expressa. idem.

    Personificação – Atribuição de qualidades ou comportamentos humanos a seres que o não são. Não é "Portugal que chora" é o seu povo.

     

     

  • Gente, onde tá a metonímia nesses versos? Não consegui identificar..

  • Bem fraca a questão! Personificação e pleonasmo são mais evidente que metonimia e hipérbole que não encontrei nos referidos versos.

  • Que viagem...

  • Metonímia: Portugal

    Resposta: A*

  • Apóstrofe é uma figura de linguagem que está na categoria de figuras de pensamento

    Ela interrompe a narração com o intuito de invocar alguém ou algo que esteja presente ou ausente no momento da fala.

    A apóstrofe é um recurso estilístico muito utilizado na linguagem informal (cotidiana), nos textos religiosos, políticos e poéticos.

    Exemplos na literatura

    • Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
    • Olha Marília, as flautas dos pastores,/Que bem que soam, como são cadentes!” (Bocage)
    • Criança! não verás país nenhum como este:/Imita na grandeza a terra em que nasceste!” (Olavo Bilac)
    • Tende piedade de mim, Senhor, de todas as mulheres.” (Vinícius de Moraes)
    • Deus, ó Deus! Onde estás, que não me respondes?” (Castro Alves).
    • Supremo Senhor e Governador do universo, que às sagradas quinas de Portugal, e às armas e chagas de Cristo, sucedam as heréticas listas de Holanda, rebeldes a seu rei e a Deus?...” (Padre Antônio Vieira)