De acordo com Andrade e Amboni (2009, pág. 52), em relação ao diagnóstico organizacional "as circunstâncias externas representadas pelos contextos mediatos (direto ou específico) e imediato (indireto ou geral), demonstram as variáveis contextuais que atuam na organização". Ainda de acordo com o autor, " a diferenciação entre mediato e imediato é determinado pelo grau de influência da variável sobre a organização e pelo eventual grau de influência que a organização acredita que possa ter sobre controlar e observar seus efeitos."
A obra "Gestão de Mudança Organizacional" de Marcos Kisil (1998) cita que as variáveis podem ser agrupadas nos seguintes itens: "1. Contexto mediato 2. Contexto imediato 3. Recursos e processos 4. Estrutura 5. Resultados 6. Impacto".
Kisil preconiza que não há separação absoluta entre os contextos apresentados. "Ao contexto mediato e imediato pertencem todas aquelas variáveis contextuais que atuam de maneira direta ou indireta sobre a organização: as chamadas forças desestabilizadoras externas." Além disso, o autor traz exemplos do contexto mediato e imediato voltados para a área da saúde:
"CONTEXTO MEDIATO: As condições sócio-econômico-políticas do país, representadas pela existência ou não de políticas nacionais de incentivo, indiferença, ou rechaço a um processo de descentralização administrativa, valorizando o nível municipal de organização político-administrativa; a existência de instrumentos legais que estimulem a participação e organização da sociedade civil, permitindo o exercício da cidadania na gestão do sistema.
CONTEXTO IMEDIATO: As condições gerais do município em relação ao seu aparato legal, sua estrutura jurídico-administrativa, sua proximidade ou não de pólos de atração econômica e de serviços, sua competitividade por atrair recursos humanos adequados, sua situação financeira; as condições demográficas e epidemiológicas, determinando possíveis níveis de necessidade e demandas a serem atendidas; a organização de sua sociedade civil, com a identificação de grupos eventualmente participantes da organização de um Sistema Municipal de Saúde." (KISIL, 1998, pág. 22).
Bibliografia: ANDRADE, R. O. B; AMBONI. N. "Estratégias de Gestão. Processos e funções do administrador". Elsevier, 2009
KISIL, M. "Gestão de Mudança Organizacional. volume 4" USP. São Paulo. 1998
As assertivas citadas de "A" a "D" não correspondem ao contexto especificado pela banca, por isso estão incorretas..
GABARITO: LETRA "E".
GABARITO: LETRA E
DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
Antes de mudar é necessário realizar um Diagnóstico Organizacional, a fim de conhecer a situação presente. Não existe um único diagnóstico. Cada um deles é resultado do conjunto de variáveis que se estuda, da profundidade com que cada variável é estudada, do momento histórico em que se faz o estudo e da experiência de quem o executa.
Para a realização de um diagnóstico pressupõe-se:
Que o objetivo de realizá-lo esteja claro;
Que os recursos necessários para efetivá-lo sejam definidos;
Que o conjunto de variáveis a serem estudadas sejam conhecidas;
Que a profundidade do estudo seja determinada;
Que o tempo para viabilizá-lo, bem como a validade dos resultados,
Sejam estabelecidos;
Que o grupo técnico que irá realizá-lo conheça essas condições antes de propor o estudo e esteja capacitado para fazê-lo;
Que o estudo, em seu plano integral, seja aprovado por quem de direito da organização.
Existem diversas maneiras de se realizar um diagnóstico organizacional. Qualquer que seja o escopo, intensidade e temporalidade do estudo, as variáveis a serem estudadas podem ser buscadas dentro de uma abordagem sistêmica. Essa abordagem permite agrupar as variáveis como pertencentes a alguns itens:
1.Contexto mediato
2. Contexto imediato
3. Recursos e processos
4. Estrutura
5. Resultados
6. Impacto
Ao contexto mediato e imediato pertencem todas aquelas variáveis contextuais que atuam de maneira direta ou indireta sobre a organização: as chamadas forças desestabilizadoras externas. Não existe uma separação absoluta entre os dois contextos. A diferenciação entre mediato e imediato é determinada pelo grau de influência da variável sobre a organização em estudo e pelo eventual grau de influência que a organização acredita que possa ter sobre controlar ou absorver os seus efeitos. Se, por exemplo, estamos falando da organização do Sistema Municipal de Saúde, podemos enquadrar as variáveis da seguinte forma:
CONTEXTO MEDIATO
As condições sócio-econômico-políticas do país, representadas pela existência ou não de políticas nacionais de incentivo, indiferença, ou rechaço a um processo de descentralização administrativa, valorizando o nível municipal de organização político-administrativa; a existência de instrumentos legais que estimulem a participação e organização da sociedade civil, permitindo o exercício da cidadania na gestão do sistema.
CONTEXTO IMEDIATO
As condições gerais do município em relação ao seu aparato legal, sua estrutura jurídico-administrativa, sua proximidade ou não de pólos de atração econômica e de serviços, sua competitividade por atrair recursos humanos adequados, sua situação financeira; as condições demográficas e epidemiológicas, determinando possíveis níveis de necessidade e demandas a serem atendidas; a organização de sua sociedade civil, com a identificação de grupos eventualmente participantes da organização de um Sistema Municipal de Saúde.
GESTÃO DE MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS.