A) Percursos (paths).
"Os canais ao longo dos quais o observador normalmente se movimenta; constituem-se nos elementos mais importantes e que compõem mais fortemente a estrutura da cidade na mente dos observadores; ao longo dos percursos estão arranjados os outros elementos."
B) Limites (edges).
"Elementos lineares não utilizados como percursos e que geralmente demarcam o limite de uma área ou de uma zona conhecida para o observador; são importantes pois quase sempre representam uma interrupção de continuidade da imagem urbana."
C) Setores (districts).
"Áreas da cidade de certa extensão e que o observador identifica "de dentro" como possuindo uma identidade própria, ou "de fora" se realmente puderem ser vistos de longe; normalmente possuem "limites" precisos e são interligados por "percursos". "
D) Nós (nodes).
"Locais estratégicos da cidade onde o observador pode entrar e que possuem forte função como "foci", destacando-se da estrutura; locais de concentração de atividade ou convergência física do tecido urbano; podem ser locais centrais dos Setores."
E) Marcos (landmarks).
"Um outro tipo de referencial mas este é externo e se destaca na paisagem; são geralmente um objeto físico; podem estar distantes e constituírem uma referência constante ao usuário, ou podem estar mais integrados à estrutura destacando-se do conjunto por sua forte Imageabilidade."
Gabarito: D
Fonte: Prof. Moema Machado - Estratégia Concursos
Gab. D
Complementando...
Kevin Lynch fez importante contribuição ao planejamento urbano, sua contribuição se deu através de pesquisas empíricas sobre como os indivíduos observam, percebem e transitam na paisagem urbana. Seus livros exploram questões tais como a presença do tempo e da história no ambiente urbano, como os ambientes urbanos afetam as crianças ou como aguçar a percepção humana acerca da forma física das cidades e regiões, constituindo assim uma base conceitual para um bom desenho urbano.
O seu livro mais famoso A Imagem da Cidade, publicado em 1960, resultou de cinco anos de estudos sobre o modo pelo qual as pessoas percebem e organizam informações aleatórias quando trafegam pelo espaço urbano. Usando três cidades como exemplo (Boston, Jersey City e Los Angeles), Lynch observou que as pessoas geralmente entendem a cidade ao seu redor de maneira consistente e previsível, formando mapas mentais com cinco elementos principais:
>Vias: as as ruas, calçadas, ferrovias, entre outros caminhos;
>Limites: são os contornos perceptíveis, tais como muros, construções e a costa;
>Bairros: são seções relativamente grandes da cidade, distintas por alguma característica que as identifica;
>Pontos nodais: pontos de convergência de pessoas, tais como cruzamentos ou praças;
>Marcos: objetos peculiares que podem servir como ponto de referência.
A Imagem da Cidade teve uma importante e durável influência no planejamento urbano, na arquitetura e na psicologia ambiental.