O mercado de trabalho apresentou aumento dos postos de trabalho para 93,6 milhões e, redução da taxa de desemprego para 11,8%, no trimestre encerrado em agosto de 2019. Entretanto, essa melhora dos indicadores deve-se, em grande parte, pelo aumento da informalidade no país. Ou seja, o quantitativo de postos de trabalho com carteira assinada, que garante os direitos do trabalhador, não aumentou como deveria para a diminuição efetiva das taxas de desemprego.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhadores na informalidade atingiram o recorde de 41,4% do total da população ocupada no país no ano de 2019. Os trabalhadores sem carteira totalizaram 11,8 milhões de pessoas e aqueles que trabalham por conta própria (o que não necessariamente significa que não sejam contribuintes do INSS como autônomos) somaram 24,3 milhões de trabalhadores.
Esse é o maior nível desde que o indicador passou a ser medido em 2016. Isso significa, também, que a contribuição de trabalhadores para o INSS vem diminuindo. Tal situação evidentemente leva a que o instituto tenha mais dificuldade para cumprir suas funções demandadas pela sociedade civil.
Dos 684 mil novos postos de trabalho criados no trimestre terminou em agosto de 2019, 87,1% foram postos informais, ou seja, trabalhos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria (sem CNPJ) e aqueles sem remuneração (ou seja, que ajudam em negócios da família sem receber salário).
Em evento público, o diretor adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar de Azevedo, declarou que “Esse aumento na ocupação não foi suficiente para aumentar a massa de rendimento, porque o emprego gerado foi voltado para postos de trabalho na área informal. E é essa massa de rendimento que movimenta o mercado de trabalho de forma virtuosa".
Todas as informações acima transcritas permitem afirmar que a afirmativa está correta.
RESPOSTA: CERTO