Já ouviu falar que a “cura do câncer” estaria sendo escondida por governos, institutos privados ou cientistas? Já recebeu vídeos
sobre uma vacina contra a gripe que seria a causa de muitas mortes? Já viu postagens nas redes sociais afirmando que o planeta Terra
na verdade é plano, e que sua esfericidade seria um complô da NASA e de cientistas do mundo inteiro? Pois, bem-vindos ao turvo mar
da desinformação contemporânea.[…]
Um outro aspecto alarmante na difusão das fake news é a ineficácia do chamado debunking, isto é, da demonstração, com
evidências rigorosas, de que um fato nunca aconteceu ou de que uma notícia é falsa. A desmistificação da desinformação funciona
pouco. As pessoas que consomem notícias falsas não acessam os sites de checagem. E, como mostram estudos – como o de David
Z. Hambrick e Madeline Marquardt, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Science – algumas
pessoas têm dificuldades cognitivas em atualizar sua opinião à luz dos fatos. Além disso, de acordo com pesquisas da Sociedade
Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês), quando somos expostos repetidamente a uma afirmação, mesmo sabendo que é
falsa, podemos ser influenciados por ela. Portanto, espalhar, como muitos fazem, insinuações, boatos, mentiras, pode destruir a
legitimidade de pessoas, teorias, instituições, mesmo quando é evidente a falta de fundamento.
(Disponível em: http://cienciahoje.org.br/artigo/noticias-falsas-na-ciencia/. Acesso em 25 fev. 2019).
O trecho “...da demonstração, com evidências rigorosas, de que um fato nunca aconteceu ou de que uma notícia é falsa” faz referência a: