VACINA
A varíola humana, causada por um Orthopoxvirus denominado "smallpox”, foi uma doença
infecto-contagiosa, que até o final do século XVIII matava milhões de pessoas a cada década ou
desfigurava o rosto dos sobreviventes com cicatrizes e perda de visão.
Na Inglaterra, o gado era acometido com frequência de uma doença semelhante à varíola humana,
causada por outro Orthopoxvirus denominado "cowpox", e as pessoas que as ordenhavam adquiriam
a doença, manifestando lesões semelhantes nas mãos, lesões essas que desapareciam
espontaneamente. Era observação corrente entre a população rural que as pessoas que adquiriam a
varíola bovina ficavam protegidas da varíola humana.
Em 1796 o médico Edward Jenner inoculou a linfa retirada de uma vesícula da mão direita de
uma mulher, que havia adquirido a varíola bovina, no braço de um menino. Decorridas 6 semanas,
Jenner inoculou o pus da varíola humana na criança, com resultado negativo. Estava descoberta a
vacina antivariólica.
A partir de então, o adjetivo latino vaccina (da vaca) passa a ser usado como substantivo e
adaptado a vários idiomas: em português, vacina. Por analogia, passou a designar todo inóculo
dotado de ação antigênica, independente de sua origem.
Sobre esse assunto foram feitas as seguintes afirmações:
I. Os vírus smallpox e cowpox devem apresentar alguma semelhança antigênica e ancestralidade comum.
II. A linfa retirada da vesícula da mão direita da referida mulher continha anticorpos que, inoculados no braço do
menino, tornaram-no resistente à varíola.
III. Alguns micro-organismos podem ter seu material genético alterado para tornarem-se menos patogênicos
(atenuados) e serem usados como vacinas.
IV. O uso continuado de vacinas tende a selecionar populações geneticamente mais resistentes aos patógenos.
V. A seleção natural nas relações entre parasitas e hospedeiros podem, ao longo do tempo, produzir populações
de hospedeiros mais resistentes e parasitas menos patogênicos.
São afirmações cientificamente CORRETAS: