- ID
- 3791722
- Banca
- UNICENTRO
- Órgão
- UNICENTRO
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- Literatura
- Assuntos
Aniceto fora cedo tirar o atestado de óbito no cartório de Palmeira e chegou no meio da tarde, encontrando grande
confusão, o padre não permitia o enterro no cemitério de Santa Bárbara, era uma ateia.
–– Mas vivemos na República –– gritou Rossi, que tinha ido acertar o sepultamento.
–– A igreja é maior que o governo –– revidou o padre.
–– Temos o direito de ser enterrados no cemitério.
–– Essa terra só conhece católicos. — E o padre bateu
a porta da sacristia.
Quando souberam da proibição, os anarquistas se revoltaram, iam marchar juntos contra o padre e enterrar
Gentille à força, viviam em um país livre, eram trabalhadores, davam lucro ao estado, ninguém era
obrigado a ter religião para ser enterrado dignamente.
SANCHES NETO, Miguel. Um amor anarquista. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 219.
O texto, contextualizado na obra em sua totalidade, permite afirmar: