O mapa (...) sempre despertou em todo tempo, em todos os lugares e em todas as pessoas
interesses dos mais diversos, dentre os quais o mais almejado pelos homens foi o de fazer
dele um poderoso instrumento de poder, conquista e dominação. Essa é talvez a sua
dimensão política mais conhecida. (...) o mapa adquire feições das mais diversas: por
momentos não passa de um simples croqui pedagógico aparentemente “ingênuo”; mais
adiante, já é um documento “técnico” reservado a “especialistas”; na surdina, é segredo de
Estado, que só pode ser visto e utilizado por comandantes e executivos de grandes
corporações militares ou civis. Muitos são os pretextos para não dar divulgação ampla a
determinados mapas.
Fonte: TEIXEIRA NETO, Antonio. Cartografia, território e poder: dimensão técnica e política na utilização de
mapas. IN: Boletim Goiano de Geografia. Goiania, v. 26, n. 2: 49-69, 2006. Acesso em: 30 abr 2017.
O excerto anterior aponta uma das dimensões políticas dos mapas. Sobre esse assunto é
possível afirmar corretamente: