Leia o texto para responder à questão.
Não é novidade para quem já acompanhou o desenvolvimento de um bebê: a fala surge com sons aleatórios e aparentemente sem sentido que, aos poucos, se associam a algum
propósito. Nos seres humanos, o amadurecimento da capacidade de se comunicar nos primeiros meses de vida depende da
interação do bebê com os pais – algo único entre os primatas.
Agora, uma equipe da Universidade de Princeton, com a participação do médico e neurocientista brasileiro Daniel Takahashi,
demonstrou que os filhotes de sagui-de-tufo-branco (Callithrix
jacchus), originários do Brasil, também aprimoram sua capacidade de se comunicar ao interagir com os pais (Science, 14 de
agosto). No estudo, os pesquisadores analisaram as emissões
vocais de 10 filhotes de sagui-de-tufo-branco do primeiro dia de
vida até os 2 meses de idade, quando se comunicavam com
os adultos. Monitoraram um som específico, chamado de “fi”,
parecido com um assobio e usado em várias circunstâncias da
comunicação de indivíduos dessa espécie. Os “fi”, nesse caso,
eram sons emitidos pelos filhotes em situações nas quais um
bebê humano choraria. Os cientistas queriam ver se a capacidade de comunicação dos filhotes evoluía do choro genérico
às vocalizações mais específicas, semelhante ao observado
em seres humanos. Nos testes, os filhotes eram colocados em
áreas longe dos pais. Assim, podiam ouvir uns aos outros, mas
não ver. Os pesquisadores verificaram que o tipo de vocalização dos saguis se alterava de forma considerável no período
inicial após o parto. Mas o desenvolvimento era mais rápido
quando interagiam mais com os pais.
(Pesquisa Fapesp, setembro de 2015)
Na organização do discurso, a informação “(Science, 14 de agosto)” tem a função específica de