O telégrafo foi inaugurado, no Brasil, em 1857, com a instalação da primeira linha telegráfica,
entre a praia da Saúde na cidade do Rio de Janeiro, e a cidade de Petrópolis. Essa primeira linha
tinha uma extensão de 50 quilômetros, sendo 15 quilômetros em cabo submarino, no leito da baía
da Guanabara.
A primeira ligação internacional por cabo submarino deveu-se à iniciativa de Irineu Evangelista
de Souza, que pelo Decreto nº 5.058 de 16 de agosto de 1872, obteve o privilégio, por 20 anos,
para lançar cabos submarinos e explorar a telegrafia elétrica entre o Brasil e a Europa.
Em 23 de dezembro de 1873, era estabelecida a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e as
de Belém do Pará, Recife e Salvador, na presença do Imperador Pedro II do Brasil que assistiu à
chegada do cabo e à finalização da ligação em uma construção erguida para esse fim, no final da
praia de Copacabana. Assim que a ligação foi estabelecida, o Imperador enviou carbogramas aos
presidentes daquelas três Províncias. (O Telégrafo... 2013.).
Esse fragmento indica duas possibilidades de texto a distância no final do século XIX: telegrama e
carbograma, sendo que nenhuma dessas duas formas está mais presente na sociedade atual, por terem
sido substituídas pelo e-mail ou pelo torpedo no celular.
Tanto o telegrama quanto o carbograma podem ser considerados gêneros textuais, vinculados a um
momento histórico-social.