No caderno: A vida é servidão, descubro olhando meus sapatos. Tenho pertences: o relógio, a bota, o argumento terrível.
Deus não tem nada. Já fui lépida e límpida, tinha o dente ridente, ia arranjar um marido. Eu não me engano mais. Mesmo o
canto de liberdade está preso a seu ritmo. O Senhor é meu Pastor e tudo me falta, tenho onde cair morto, certamente terei
quem com um olho me chore e outro me ria. Bom é ser como a pedra que é vazia de si. M. G. Fraga.
PRADO, Adélia. Cacos para um vitral. 4. ed. São Paulo: Siciliano, 1991. p. 64-65.
Indique V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas.
O texto apresenta
( ) uma voz enunciadora consciente da plenitude de sua vida.
( ) uma dimensão simbólica dos objetos para configurar um estado de espírito.
( ) a subversão de ideias expressas por lugares-comuns, o que lhes confere valor poético.
( ) um ser apegado ao religioso, daí a humildade com que aceita as restrições que a vida lhe impõe.
( ) a figura feminina em busca da recuperação do tempo vivido.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a