Em 1798, o pastor, economista e demógrafo
Thomas Malthus publicou seu famoso “Ensaio
Sobre a Lei da População”. Nesta obra, ele
postula a ideia de que a população cresce em
progressão geométrica e a produção dos meios
de subsistência cresce em progressão
aritmética. E esta lei é natural, divina. E ela é,
sobretudo, aplicável aos pobres. Sobre isto
Malthus afirma:
“Se a proporção entre o crescimento natural
da população e dos meios de subsistência há
muito que ocorreu e se essa oscilação
necessária, essa causa permanente de uma
miséria periódica sempre existiu desde que a
humanidade tem uma história, ela existe agora
e existirá sempre, a menos que ocorra uma
mudança decisiva na constituição física de
nossa natureza”.
DUPUY, G. & POURSIN, J. M. Malthus.
São Paulo: Cultrix, 1975, p. 30.
Logo após a segunda Guerra Mundial, uma
atualização da concepção de Malthus começou
a ser desenvolvida, mas agora ela era
direcionada não à pobreza em geral, mas sim
aos países de “terceiro mundo”. Esta
concepção ficou conhecida como
neomalthusianismo. Observe a citação a seguir
de Eugene Black, um autor neomalthusiano:
“Há três anos e meio, disse nas Nações
Unidas: ´devo ser franco: o aumento da
população ameaça anular todos os nossos
esforços para elevar os níveis de vida de muitos
países mais pobres. A menos que se possa
restringir o aumento da população, ver-nosemos forçados a desistir por esta geração de
nossas esperanças de progresso econômico`”.
IVAN, J. & GALLO, H. O mito da explosão demográfica.
Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1970, p. 40.
Com base nas afirmações acima e em seus
conhecimentos sobre a Geografia da
População, é correto afirmar que: