SóProvas


ID
3824500
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A identificação simbólica que existe na cultura esportiva pode ser um fator determinante nas ações potencialmente agressivas dos espectadores e torcedores de futebol. Essa identificação em indivíduos que não têm uma identidade própria pode levá-los a não perceber os limites entre a sua vida e a sua equipe, ou entre a sua vida e a vida de um ídolo (jogador), e, dessa forma, passar a viver suas emoções basicamente por meio de acontecimentos esportivos, do sucesso e da derrota de seu clube predileto. Alguns dos torcedores organizados dedicam a vida à sua torcida. Vivem para ela e, por ela, chegam a perder qualquer outra referência, pois é essa experiência compensatória que lhes dá identidade. A probabilidade de um indivíduo se tornar um torcedor fanático está diretamente relacionada com a construção da sua identidade. Por isso, é imprescindível o desenvolvimento de relações e valores próprios que o ajudarão a delinear o limite entre ele e a sua equipe, ou entre ele e um jogador de futebol.

REIS, H. H. B. Futebol e violência. Campinas: Armazém do Ipê; Autores Associados, 2006 (adaptado).

Partindo da discussão sobre as relações entre o torcedor e seu clube, observa-se que o fanatismo futebolístico

Alternativas
Comentários
  • Questão de COMPREENSÃO TEXTUAL.

  • Famosa questão de controle do sistema.

  • Essa estava fácil! Era basicamente interpretar o texto. Não deixe os textos longos te vencer. Gabarito letra B

    Não poderia ser a d porque o texto não fala que a tutela do clube é forjada.

    Continue estudando.

    Dicas de redação no meu insta @sheisannabeatriz https://www.instagram.com/sheisannabeatriz/

  • Resolução:

    a) deriva da falta de referências para a construção de valores morais em crise na sociedade.

    O autor pontua a importância de se desenvolver valores próprios e não que há uma falta de referência para a construção desses valores por conta de uma crise na sociedade.

    b) está relacionado à fragilidade identitária, o que dificulta a dissociação entre sua vida e a de seu clube ou ídolo.

    A tese do texto está centrada na confusão entre o indivíduo e seu clube, portanto na fragilidade identitária: "essa identificação em indivíduos que não têm uma identidade própria pode levá-los a não perceber os limites entre a sua vida e a sua equipe, ou entre a sua vida e a vida de um ídolo (jogador), e, dessa forma, passar a viver suas emoções basicamente por meio de acontecimentos esportivos, do sucesso e da derrota de seu clube predileto." Em suma, o torcedor "torna-se" o próprio time.

    c) perde sustentação naqueles torcedores organizados que não conseguem separar as esferas pública e privada.

    Crise identitária não está relacionada às esferas público e privada da vida; não se trata do que é público ou privado, mas sim de uma confusão entre o "eu" e o time.

    d) decorre do estabelecimento de uma identidade própria do indivíduo, forjada pela tutela do clube e de seus ídolos.

    Se o indivíduo tem identidade própria, pela lógica do texto, ele não será um torcedor fanático, isto é, ele perceberá que existe uma diferença entre ele e o seu time do coração, que sua vida não é seu time.

    e) é restrito às torcidas jovens, que corrompem a identidade individual de seus torcedores em favor da identidade coletiva.

    Em nenhum momento o autor restringe o fanatismo futebolístico às torcidas jovens.