Como a percepção do tempo muda de acordo
com a língua
Línguas diferentes descrevem o tempo de maneiras
distintas — e as palavras usadas para falar sobre ele
moldam nossa percepção de sua passagem.
O estudo “Distorção temporal whorfiana:
representando duração por meio da ampulheta da língua”,
publicado no jornal da APA (Associação Americana de
Psicologia), mostra que conceitos abstratos, como a
percepção da duração do tempo, não são universais.
Os autores não só verificaram uma mudança da
percepção temporal conforme a língua falada como
observaram que a transição de uma língua para outra por
um mesmo indivíduo modificava sua estimativa de uma
duração de tempo. Isso implica que visões diferentes de
tempo convivem no cérebro de um indivíduo bilíngue.
“O fato de que pessoas bilíngues transitam entre
essas diferentes formas de estimar o tempo sem
esforço e inconscientemente se encaixa nas evidências
crescentes que demonstram a facilidade com que a
linguagem se entremeia furtivamente em nossos sentidos
mais básicos, incluindo nossas emoções, percepção
visual e, agora, ao que parece, nossa sensação de
tempo”, disse o pesquisador ao site Quartz.
LIMA, J. D. Disponível em: www.nexojornal.com.br.
Acesso em: 24 ago. 2017.
O texto relata experiências e resultados de um estudo
que reconhece a importância