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GABARITO E
As palavras “sabor” e “saber” derivam, ambas, do verbo latino “sapare”, o que sugere afinidade entre cozinheiros e escritores.
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GABARITO: E
Esta recorrência está explícita no 2º parágrafo. "O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo, tanto saber quanto ter sabor."
As demais alternativas tentam confundir o estudante.
Qualquer erro, contatem-me. ^^
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O verbo latino “sapare” significa, a um só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que não se fala mais, usava- -se dizer de uma comida que ela “sabia bem”.
o texto deixa claro que sapare significa saber e sabor, mas não fala sobre ela ser derivada ter origem nela, isso requer um conhecimento extra texto ou de dedução...
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Diante do comando “segundo o texto", o que se propõe é que o(a)
candidato(a) assinale a opção em que se registra a ideia central apresentada
pelo autor. Devemos, então, inicialmente, localizá-la no texto e, em seguida,
ler as opções na intenção de eliminar aquelas que falham em relação a essa
ideia central, seja por extrapolação, divergência ou redução do conteúdo textual:
(1)
extrapolação do conteúdo:
quando a informação da opção está além do que se encontra no texto, total ou
parcialmente;
(2)
divergências de conteúdo:
quando há, na opção, diferença em relação ao conteúdo que se desenvolve no
texto;
(3)
redução de conteúdo: quando a opção destaca parte de uma informação
textual em detrimento de todo o conteúdo.
A seguir, resgatemos do texto o fragmento em que se encontra a
ideia central.
Fragmento: “A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente
reconhecida pelos escritores. É a própria etimologia que revela a origem
comum de cozinheiros e escritores. Nas suas origens, sabor e saber são a mesma
coisa. O verbo latino “sapare" significa, a um só tempo, tanto saber
quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português
que não se fala mais, usava- -se dizer de uma comida que ela 'sabia bem'."
Verificamos que o autor se posiciona em relação à proximidade entre os
atos de cozinhar e de escrever. Para fundamentar a sua defesa, ele recorre à
etimologia das palavras “sabor" e “saber", descobrindo que o verbo latino “sapare"
indicava saberes distintos – o de saber e o de ter sabor. Assim, o escritor é aquele
que sabe sobre escrever, e o cozinheiro é o que sabe sobre “ter sabor".
De posse dessas informações, analisemos as opções:
A)
o autor almeja dedicar-se com exclusividade à cozinha, embora alegue não
estar inclinado a deixar a atividade profissional de escritor.
ERRADA.
Note que todo o conteúdo da letra A extrapola o que
se apresenta no texto, pois não se afirma que o autor “almeja dedicar-se
exclusivamente à cozinha", muito menos que está “inclinado a deixar a atividade
profissional de escritor", apesar de, ao final, afirmar que escrever “é um
sofrimento", em decorrência da obrigação de se criar algo novo toda semana.
B) em linguagem coloquial, diz-se, de uma comida
bem preparada, que ela “sabe bem".
ERRADA.
Diverge-se de informações originais do texto, pois a expressão “sabe bem",
referente à qualificação de alguém que prepara uma boa comida, ou seja, que tem
esse “saber", era muito usada no português antigo, e não da linguagem coloquial,
a qual é própria de comunicações informais entre pessoas próximas.
C) Roland Barthes, desiludido com a profissão de
escritor, exalta a simplicidade do ato de cozinhar.
ERRADA.
Extrapola a afirmação de que Roland Barthes está desiludido com a
profissão de escritor.
Em nenhum momento se encontra essa informação no texto.
D) a atividade de cozinhar, ainda que não
exercida profissionalmente, inspira escritores a cultivar a criatividade.
ERRADA. Extrapola-se quando se menciona ser a atividade de cozinhas “não
exercida profissionalmente" e diverge-se quando esta se apresenta como
inspiradora para escritores cultivarem a criatividade. Na verdade, o posicionamento
do autor é sobre a similaridade entre escrever e cozinhar, já que, em ambos os
exercícios, escritor e cozinheiro “preparam o saber".
E) as palavras “sabor" e “saber" derivam, ambas, do
verbo latino “sapare", o que sugere afinidade entre cozinheiros e
escritores.
CORRETA.
Como vimos, o verbo latino “sapare" serve de argumentação para o autor
demonstrar a tese de que quem cozinha e quem escreve são semelhantes em seus
ofícios, pois têm o saber sobre a palavra e sobre a comida, respectivamente,
logo dotados desse conhecimento, preparam prazeres para que os consumidores possam
“degustar".
Resposta: E
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GABARITO: LETRA E
COMENTÁRIO DA PROFESSORA FABIANA ANJOS
Diante do comando “segundo o texto", o que se propõe é que o(a) candidato(a) assinale a opção em que se registra a ideia central apresentada pelo autor. Devemos, então, inicialmente, localizá-la no texto e, em seguida, ler as opções na intenção de eliminar aquelas que falham em relação a essa ideia central, seja por extrapolação, divergência ou redução do conteúdo textual:
(1) extrapolação do conteúdo: quando a informação da opção está além do que se encontra no texto, total ou parcialmente;
(2) divergências de conteúdo: quando há, na opção, diferença em relação ao conteúdo que se desenvolve no texto;
(3) redução de conteúdo: quando a opção destaca parte de uma informação textual em detrimento de todo o conteúdo.
A seguir, resgatemos do texto o fragmento em que se encontra a ideia central.
Fragmento: “A relação entre cozinhar e escrever tem sido frequentemente reconhecida pelos escritores. É a própria etimologia que revela a origem comum de cozinheiros e escritores. Nas suas origens, sabor e saber são a mesma coisa. O verbo latino “sapare" significa, a um só tempo, tanto saber quanto ter sabor. Os mais velhos haverão de se lembrar que, num português que não se fala mais, usava- -se dizer de uma comida que ela 'sabia bem'."
De posse dessas informações, analisemos as opções:
A) O autor almeja dedicar-se com exclusividade à cozinha, embora alegue não estar inclinado a deixar a atividade profissional de escritor. ERRADA.
Extrapola o que se apresenta no texto, pois não se afirma que o autor “almeja dedicar-se exclusivamente à cozinha", muito menos que está “inclinado a deixar a atividade profissional de escritor".
B) Em linguagem coloquial, diz-se, de uma comida bem preparada, que ela “sabe bem". ERRADA.
Diverge-se de informações originais do texto, pois a expressão “sabe bem", referente à qualificação de alguém que prepara uma boa comida, ou seja, que tem esse “saber", era muito usada no português antigo.
C) Roland Barthes, desiludido com a profissão de escritor, exalta a simplicidade do ato de cozinhar. ERRADA.
Extrapola a afirmação de que Roland Barthes está desiludido com a profissão de escritor. Em nenhum momento se encontra essa informação no texto.
D) A atividade de cozinhar, ainda que não exercida profissionalmente, inspira escritores a cultivar a criatividade. ERRADA.
Extrapola-se quando se menciona ser a atividade de cozinhas “não exercida profissionalmente" e diverge-se quando esta se apresenta como inspiradora para escritores cultivarem a criatividade.
E) As palavras “sabor" e “saber" derivam, ambas, do verbo latino “sapare", o que sugere afinidade entre cozinheiros e escritores. CORRETA.
Como vimos, o verbo latino “sapare" serve de argumentação para o autor demonstrar a tese de que quem cozinha e quem escreve são semelhantes em seus ofícios, pois têm o saber sobre a palavra e sobre a comida.
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Como alternativa coerente, somente, nos restou a E.