Grupo II - hipertensão arterial e neoplasias malignas, em determinados grupos ocupacionais ou profissões.
Manual de ECG para o médico do trabalho
Para o acadêmico, o trabalho se relaciona de maneiras distintas com a doença, que pode ser causada por múltiplos fatores.
Quando uma patologia é classificada como Schilling I, significa que o trabalho é a principal causa determinante, ou seja, ela não existiria sem as atividades laborais.
Um exemplo bem conhecido de males neste grupo são as doenças provocadas por uma fibra mineral chamada amianto ou asbesto.
No Brasil, o amianto é usado há décadas para a fabricação de telhas e outros produtos.
Durante o manuseio da fibra, trabalhadores ficam expostos à poeira do mineral que, quando aspirada, pode causar uma série de males, especialmente nos pulmões.
Portanto, se um funcionário de uma fábrica que utiliza amianto desenvolve asbestose – doença que leva ao endurecimento do tecido pulmonar -, ele adquiriu uma doença ocupacional, classificada no Grupo I de Schilling.
Afinal, o empregado só adoeceu porque se expôs à poeira em seu local de trabalho.
Faz referências aos casos nos quais o trabalho contribuiu para que a doença se estabelecesse, mas não foi a causa principal.
Em outras palavras, o colaborador poderia ter adoecido mesmo se trabalhasse em condições diferentes.
Estão, neste grupo, as doenças coronárias, cânceres e males que afetam a locomoção, entre outros.
O último grupo mencionado por Schilling se refere aos males latentes provocados pelo trabalho, ou àqueles agravados devido à atividade ocupacional.
Um empregado que desenvolva alergia a um produto químico com o qual tenha entrado em contato durante o trabalho é um exemplo de Schilling III.
Embora a alergia pudesse ter aparecido em outras ocasiões, ela surgiu por causa de uma tarefa realizada no ambiente de trabalho.
Eczema (irritação da pele) e úlcera gástrica (ferida no estômago) são outros males que podem integrar este grupo.