TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
As tendências pedagógicas são visões de mundo que carregam consigo diferentes concepções filosóficas da história, da sociedade e da humanidade. A tendências pedagógicas são divididas, segundo Libâneo (1990) e Saviane (1977), em dois grandes grupos: Liberais e Progressistas. Cada um desses grupos contém tendências que se diferenciam entre si.
TENDÊNCIA PEDAGÓGICA LIBERAL
As tendências pedagógicas liberais caracterizam-se por serem conservadoras e por visarem a formação de alunos para desempenhar papéis sociais dentro da sociedade, ignorando-se as desigualdades sociais.
Tradicional: pautada na transmissão de conhecimentos, padrões, normas e modelos dominantes para os alunos. O aluno aprende de maneira mecânica e repetitiva, o professor é o centro do ensino-aprendizagem.
Renovadora Progressista: Caracteriza-se por se centralizar no aluno, que passa a ser um ser ativo e curioso. A ideia predominante é a do “só aprende fazendo”. O professor é um facilitador.
Renovadora não diretiva (Escola Nova): Anísio Teixeira foi o grande pioneiro dessa tendência no Brasil, seguindo as ideias de John Dewe. Caracteriza-se por se centrar no aluno. Preocupa-se mais com o psicológico do que com o social ou pedagógico.
Tecnicista: Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista. Se caracterizava por ter o professor como depositário do conhecimento, também como detentor e controlador do conhecimento a ser ensinado aos alunos. Tinha por objetivo, dentre outros, o de capacitar alunos para o mercado de trabalho.
TENDÊNCIA PEDAGÓGICA PROGRESSISTA
Partem de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação e é uma tendência que não condiz com as ideias implantadas pelo capitalismo.
Libertadora: Tem como expoente o professor Paulo Freire, autor do livro “Pedagogia da Autonomia”. Essa tendência vincula a educação à luta e organização de classe do oprimido. Visava a transformação social por meio da consciência de o oprimido deve saber que o é. O professor coordena atividades e atua juntamente com os alunos.
Libertária: Espera-se, nessa tendência, que o aluno se torne libertário e autogestionário do conhecimento. Os conteúdos, apesar de disponibilizados, não são cobrados do aluno, e o professor é tido como um conselheiro/orientador à disposição do aluno.
“Crítico-social dos conteúdos” ou "Histórico-Crítica": Essa tendência ganhou força no Brasil nos anos 1970, e caracteriza-se por focar os conteúdos no seu confronto com a realidade. O aluno é preparado para a vida adulta e o professor é o mediador entre conhecimento/conteúdo e o aluno.