Estudada na semântica, a ambiguidade (ou anfibologia) pode propiciar efeitos humorísticos, pejorativos ou obscuros em um contexto. Se não for premeditada, intencional é tida por vício de linguagem e deve ser repelida. Inspecionemos os quatro itens:
I. Ambiguidade diz respeito à indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão do enunciado.
Verdadeiro. Há dois tipos: lexical e estrutural, que serão discorridas a seguir;
II. A ambiguidade estrutural está relacionada ao posicionamento de determinada expressão em um enunciado.
Correto. Ocorre recorrentemente com os pronomes "seu" e "sua": "Ana disse à Sara que viu seu irmão desmaiado". A pessoa desmaiada é irmão de quem: Ana ou Sara? A resposta é dúbia, duvidosa, ambígua.
Veja outra estrutura cujo mal posicionamento dos termos ocasiona frase ultrajante. Leia: "Vi a cadelinha da sua mãe na rua". Não há como precisar o escopo do autor: referir-se carinhosamente ao animal ou, de forma pejorativa, à mãe da pessoa com quem fala;
III. A ambiguidade lexical é desencadeada, às vezes, pelo uso de uma palavra que não permite identificação precisa de seu referente no texto.
Correto. Consideremos como exemplo esta frase: "Eu não gostei dessa manga". A julgar pela redação, não há como precisar a que manga se refere: à fruta ou à manga da camisa;
IV. A ambiguidade pode ser resultado do uso de uma palavra ou expressão que, em um contexto específico, ganha sentido oposto ou diverso daquele que costuma ser utilizado.
Incorreto. Esta redação é uma das que definem o conceito de polissemia, palavra que possui múltiplos significados, cada qual em determinado contexto.
Letra D