SóProvas


ID
3890083
Banca
INAZ do Pará
Órgão
Prefeitura de Anapu - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO PARA A QUESTÃO

PRINCESA E O PADEIRO 

Outro dia falei de nomes de gente que soam estranhos. Onomásticos escalafobéticos. Inventados, ou formados com sílabas dos nomes materno e paterno. Como Catacisco e Ciscorina. Nome também é questão de moda. Tareja, por influência de Teresa de Ávila, virou Teresa. Veio Teresinha do Menino Jesus, a carmelita de Lisieux, e uma onda de Teresinhas pipocou por aí. Hoje, a tendência é Teresinha voltar a Teresa. Amanhã poderá regredir a Tareja, por que não?

Entre nomes que já foram nobres e bonitos, citei Urraca. Cem por cento português. Quem está no Brasil há várias gerações e vem do tronco lusitano pode procurar na sua árvore genealógica e logo acha uma remota Urraca. Parece arroto, me telegrafou um leitor. O mau gosto corre por sua conta. Por sinal ele tem um nome que, além de inglês, é family name no mundo anglo-saxão.

Coincidência aconteceu com uma senhora paulista que também nunca tinha ouvido falar em Urraca. Parece pigarro, disse ela, assim que me leu. E foi passar o fim de semana na sua bela fazenda, entre convidados brasileiros e estrangeiros. Uma amiga ficou de levar uma princesa. Italiana, mas encontro de várias casas reais. Na hora da apresentação, como se chama Sua Alteza Sereníssima? Urraca. Há vinte anos não vinha ao Brasil. Titulada e brasonada, 79 anos, Urraca a todos cativou. Mais bonitos do que o dia, só os seus olhos.

Uma Urraca na minha coluna e uma Urraca na vida real. É muita coincidência. Pois não é tanta assim. Coincidências, dezenas, centenas, posso contar. Não só eu, mas muita gente. Há quem estude o fenômeno, como o Luís Edgar de Andrade (que é também genealogista). Nos Estados Unidos, scholars estão atentos à relação entre a sincronicidade e a coincidência. É o caso do prof. Carl Alfred Meier, suíço, 83 anos. Editor da revista Psychological Perspectives, ele conta aí uma coincidência que testemunhou e pesquisou. Teve um cliente, padeiro de profissão. Homem bronco. Tomando conhecimento de que sonhava muito, o prof. Meier lhe pediu que escrevesse os seus sonhos. Com dificuldade, o cliente botou no papel cinco números. Durante cinco meses, o sonho se repetiu. Cinco números diferentes de cada vez. Mais nada. Um belo dia, a revelação: eram os números sorteados na loteria nacional suíça. Sonhados sempre de véspera. Era só jogar e ganhar. Uma barbada. Mas, a partir daí, o padeiro nunca mais sonhou com números. Fenômeno parapsicológico você não controla, diz o prof. Meier.

Otto Lara Resende

Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/5980/a-princesa-e-o-padeiro 

Assinale a alternativa em que a classe gramatical dos numerais não está presente.

Alternativas
Comentários
  • wtf???

  • WHAAAAAAT? Só eu não entendi o que queriam nessa questão?

  • Pensei que era só eu que não tinha entendido nadicas!!!

  • Caramba!!!

  • A classe gramatical dos "Numerais", tem a mesma semelhança dos "Pronomes".

    Numeral Substantivo - quando é o próprio substantivo (substitui)

    Numeral Adjetivo - quando acompanha o substantivo (acompanha)

    Alternativa D - não possui nenhum numeral.

  • Gab: D

    A classificação dos números

    podem ser:

    Cardinal quando expressão a ideia de quantidade: 10, 30, 100.

    Ordinal quando expressa a ideia de ordem: primeira décimo milésimo.

    Multiplicativo quando expressa uma ideia de multiplicação: dobro triplo quadruplo.

    Fracionario quando expressa a ideia de fração: terço, sexto, oitavo.

  • Assertiva D

    Coincidências, dezenas, centenas, posso contar.

  • Os numerais são classificados em cinco tipos, a saber:

    Forma básica dos números (1, 2, 3,4,5…), as quais adjetivam uma quantidade, sendo que alguns deles variam em gênero, por exemplo: um-uma, dois-duas, alguns no grupo das centenas (duzentos, duzentas, trezentos, trezentas, etc.).

    Além disso, alguns números cardinais variam em número, como é o caso: milhão-milhões, bilhão-bilhões, trilhão-trilhões, e assim por diante.

    Indica ordem de uma sequência, ou seja, representa a ordem de sucessão e uma série, seja de seres, coisas ou objetos (primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto…).

    Importante destacar que alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que variam em gênero (masculino-feminino) e número (singular e plural), por exemplo: primeiro-primeira, primeiros-primeiras; terceiro-terceira, terceiros-terceiras, etc.

    São os números fracionários que indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, representam uma parte de um todo, por exemplo, ¼ (lê-se um quarto, um sobre quatro), ½ (lê-se meio ou metade, um sobre dois), ¾ (lê-se três quartos ou três sobre quatro).

    Número exato que faz referência a um conjunto de seres, por exemplo, dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre (conjunto de 2).

    Os números coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia-dúzias, dezena-dezenas, centenas-centenas.

    Relaciona um conjunto de seres, objetos ou coisas, dando-lhes uma característica, de forma que determina o aumento da quantidade por meio de múltiplos, por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc.

    Os multiplicativos são numerais, flexionados em gênero e número quando atuam em função adjetiva, e, do contrário, são invariáveis (função substantiva).

    Dessa forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo, sendo classificados em:

    Fonte:

  • Os numerais coletivos se referem aos numerais que, no singular, indicam o conjunto de algo, definindo o número exato de seres que compõem esse conjunto.

    Fonte:https://www.normaculta.com.br/numeral/

    Ex.: Uma dúzia de ovos ( dúzia - coletivo de 12 - numeral)

    Rezei um terço (terço - um objeto - substantivo)

    Alguém entendeu bem para explicar porque a D não contém numeral?

  • Não é quantidade, quantas vezes ocorreu um evento?

  • Achei interessante essa distinção.

    Distinção entre “um” numeral e “um” artigo

    Na prática, descobre-se que "um" é numeral cardinal quando admite o acréscimo de "só", "apenas", "único", como em "Um  homem é suficiente para erguer isso" ou "Apenas um homem é suficiente...". Veja também que o “um” numeral pode ser substituído por “dois”, “três”, “quatro”, etc. Assim, “Tomei um banho terapêutico ontem e mais um hoje. Portanto, tomei dois banhos”.

    Não consegui colocar o link, texto autoria do Prof. Paulo Fernandes

  • A resposta é a letra D.

    Os numerais se classificam em ordinário, cardinal, fracionário e multiplicativo.

    A alternativa "A" traz o numeral fracionário "Cem por cento".

    A alternativa "B" traz o numeral cardinal "vinte".

    A alternativa "C" traz o numeral cardinal "Uma". Para diferenciar o numeral "UM" ou "UMA" do artigo indefinido coloca a palavrá só e veja se a frase possui sentido. O artigo indefinido não aceita a palavra só pois, ao contrário do artigo definido que restringe delimita o substantivo, amplia o sentido do substantivo. Dessa forma fica incoerente ampliar o sentido do substantivo e restringi-lo com a palavra só. Ex. Uma pessoa foi ao cinema. A pessoa foi ao cinema. Uma só pessoa foi ao cinema. No primeiro exemplo eu tenho o substantivo ilimitado. Uma pessoa foi ao cinema, é o mesmo que dizer que qualquer pessoa foi ao cinema. Quando eu digo "A pessoa foi ao cinema" eu estou limitando o substantivo pessoa. Não significa qualquer pessoa, mas a pessoa que eu já conheço de uma interpretação intralinguística ou extralinguística. Quando eu falo "Uma só pessoa" estou utilizando o numeral "uma" ;pois estou me referindo a uma única pessoa.

    A alternativa "D" é a correta pois "dezenas" e "centenas" são substantivos coletivos e não possui numerais.

    A alternativa "E" traz o numeral "cinco".

  • E porque a D não se trata de numeral coletivo?

  • português e suas regras mirabolantes

  • Na letra D por que não é classificado como numeral coletivo??

  • não entendi.

  • Como assim dezenas ( conjunto de dez ) e centenas ( conjunto de cem ) não são numerais coletivos?

    Alguém pode por gentileza explicar essa questão ?

  • ACHO QUE É NUMERAL COLETIVO

    Exemplos.

    Segue abaixo alguns exemplos de variação de número (singular e plural) dos numerais coletivos: Dezena e dezenas: Vou doar uma dezena de roupas; Quantas dezenas de batata você precisa? Dúzia e dúzias: Para fazer o bolo, precisamos de uma dúzia de ovos; Eu quero duas dúzias de ovos, por favor.

    FONTE: https://www.todamateria.com.br/numerais-coletivos/#:~:text=Exemplos,d%C3%BAzias%20de%20ovos%2C%20por%20favor.

  • Eu entendo "Uma urraca" como sendo um artigo indefinido, não está especificado como apenas uma, ou só uma...

  • A letra D está correta ,pois podemos substituir com muitas/várias ou seja são advérbios de intensidade.

  • Banca Inaz do Pará! KKKKKKKKK