Volich, em seu livro "Psicossomática: de Hipócrates à psicanálise", visa apresentar uma perspectiva sucinta do campo da psicossomática desde as origens da prática médica. Não apenas pela importância do resgate de uma memória, elemento fundador da identidade de um indivíduo ou de um grupo, mas pela possibilidade de compreender que a preocupação com uma visão ampla e integrada do desenvolvimento e do adoecer humano não é um fenômeno recente, de moda, mas inscrita no próprio mito originário da medicina, personificado em Hipócrates.
Todas as assertivas estão de acordo com o pensamento desenvolvido pelo autor no livro, exceto pela alternativa B, pois segundo ele toda iniciativa de eliminação pura e simples da sintomatologia, das intercorrências, das reações do paciente à consulta e ao tratamento, ou seja, toda tentativa de assepsia da relação terapêutica, descartando as manifestações subjetivas do paciente relacionadas ao processo terapêutico, empobrece e distorce a experiência de seus protagonistas. Segundo ele, inclusive, a impossibilidade de contato com essas dimensões humanas do ato terapêutico é uma das principais fontes da experiência melancólica do terapeuta, da resistência dos pacientes ao tratamento, dos impasses e dos erros terapêuticos.
Volich, R. M. Psicossomática: de Hipócrates à psicanálise / Rubens Marcelo Volich. — São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
Gabarito do Professor: Letra B.