SóProvas


ID
3908374
Banca
FCC
Órgão
AL-AP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

Tempos da arte
    Os tempos mudam, os costumes mudam, mudam as pessoas – e tantas obras de arte ficam. Elas não mudam? Certamente a linguagem em que se plasmaram permanece a mesma, mas os focos de leitura e a recepção delas mudam, e fazem caminhar no tempo o sentido delas. A principal característica de um grande artista é a atualização possível de sua obra. Mais do que “resistir ao tempo”, ela sabe se transformar com ele, acionada pelas mudanças de perspectiva de quem a contempla.
    Artistas grandes produzem objetos que são capazes de refletir dinamicamente a diversidade dos tempos históricos, das culturas nacionais, dos avanços da ciência. São obras por cuja maleabilidade ameaçam eternizar-se, na medida mesma em que funcionam como espelhos possíveis de cada momento. É um paradoxo, este, o de algo permanecer vivo quando tudo que o produziu já feneceu. Podemos contar com as artes como testemunhas dinâmicas que são de seu tempo, do nosso tempo e do que ainda virá.

(Gaudêncio Firmino, inédito) 

É um paradoxo, este, o de algo permanecer vivo quando tudo o que o produziu já feneceu.

Essa frase do texto ganha nova e correta redação, sem prejuízo para seu sentido essencial, em:

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    A) Quando pelos fatores que a produziram permanecem vivas, tais obras não deixam de se constituir paradoxais → INCORRETO. O pronome oblíquo átono "a" se refere à expressão "tais obras". Portanto, esse pronome deveria se flexionar no plural: "as". Além disso, o sentido original informa que é paradoxal o fato de uma obra sobreviver mesmo após os seus elementos constituintes já terem morrido. O item não preserva esse sentido.

    B) Eis o paradoxo: mostrar-se ainda viva uma obra para a qual deixa de concorrer exatamente as causas que lhe fizeram nascer → INCORRETO. O verbo deixar deveria ir para o plural para concordar com o sujeito "as causas": "...para a qual deixam de concorrer exatamente as causas...". Além disso, o pronome "lhe" não deve funcionar como objeto direto, o que torna inadequada a construção "causas que lhe fizeram nascer". A forma adequada seria: "causas que a fizeram nascer" (o pronome "a" está no feminino singular para concordar com o termo "obra").

    C) É paradoxal que se mostre permanentemente viva uma obra de arte, quando já não existe nada do que provocou sua criação → CORRETO. O adjetivo "paradoxal" se refere a algo que se fundamenta em um paradoxo. Além disso, o "algo" presente na frase original se refere a uma obra de arte. Ademais, o verbo fenecer é sinônimo de morrer.

    D) Ocorre um paradoxo, que se revela na obra de arte em cujo mérito é sua permanência acima de tudo o que já morreu → INCORRETO. No contexto, não há termo que exija a preposição "em". Assim, a construção correta seria: "...se revela na obra de arte cujo mérito...".

    E) Ainda que hajam morrido suas razões de ser, há obras de arte que, paradoxalmente, não as ocorre o mesmo fenecimento → INCORRETO. No contexto, o pronome "lhe" deveria ser usado no lugar do pronome "as", uma vez que a expressão "a elas" está subentendida: "não lhes ocorre o mesmo fenecimento".

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Nem sei como acertei essa

  • esse "permanentemente" não muda o sentido?
  • Muita gente acertando, mas questão enjoada.

  • Fiquei pensando se o "permanentemente" da letra C não alteraria o sentido, já que na frase a ser seguida não há essa ideia de duravél/perpétuo.

    Mas deu p/ acertar por eliminação.

  • Pessoal pra chegar perto de acertar a questão.

    1º Veja sujeito , verbo e predicativo do sujeito

    depois vc percebe que , em muitas frases , ele fez a troca deles , mudando o sentido.

    Só de ver isso , você já elimina umas 3 alternativas