- ID
- 3916162
- Banca
- Itame
- Órgão
- Prefeitura de Aruanã - GO
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Desencanto
Manuel Bandeira
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
De acordo com o contexto, o poeta afirma que
o verso, as suas escritas, dão vida a ele. Para o
autor, é preciso de sangue correndo nas veias para
sobreviver. Em “Meu verso é sangue.” A figura
de linguagem é a: