Como identificar a população para uma intervenção?
A população-alvo de uma intervenção educativa é constituída por diferentes grupos. Com a finalidade de adaptar os enfoques a cada grupo, é necessário estabelecer as diferenças existentes entre eles.
Grupos de risco e grupos objetivo
É importante diferenciar entre os grupos de risco e os grupos objetivo de uma intervenção. De fato, o grupo de risco pode ser o grupo objetivo de um programa de comunicação, mas isto não é freqüente. Por exemplo, um grupo em risco de desnutrir-se é o das crianças menores de cinco anos. As ações da intervenção nutricional para reduzir o risco de desnutrição não serão dirigidas à criança, mas sim a todos os envolvidos com seu cuidado. Neste caso, o grupo objetivo ao qual se dirigem as ações educativas será constituído pelas mães, os pais ou outras pessoas encarregadas do cuidado e da alimentação da criança. Nesta situação é fácil identificar o grupo objetivo e o grupo de risco.
Grupos objetivo
Na população-alvo, existem grupos objetivo primários, secundários e terciários.
O grupo objetivo primário é composto pelas pessoas cuja conduta deve ser modificada. No exemplo anterior, poderiam ser as mães das crianças menores de 5 anos. Neste caso, o propósito seria melhorar a maneira de preparo da comida de suas crianças ou o cuidado delas.
O grupo objetivo secundário é composto pelas pessoas que serão utilizadas como intermediárias para fazer chegar a mensagem ao primeiro grupo. No mesmo exemplo, elas poderiam ser os trabalhadores de saúde, os professores, os extensionistas rurais ou os jornalistas. Tudo depende das redes de comunicação da comunidade.
O grupo objetivo terciário é formado pelas pessoas que podem facilitar o processo de comunicação e as mudanças de conduta. Incluem-se os administradores e políticos, mas também todas aquelas pessoas próximas à mãe ou ao pai da criança e a toda a família.