SóProvas


ID
3951568
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Cananéia - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Escola inclusiva


    É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros consideram haver melhora nas escolas quando se incluem alunos com deficiência. O elevado grau de aceitação aparece em pesquisa Datafolha divulgada no Dia do Professor.

    Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma educação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em 2015 e criou raízes no tecido social.

    A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades.

    Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, discorda de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma condição.

    Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar, em cada estabelecimento, com pessoal capacitado para lidar com necessidades específicas de cada aluno. Este pode ser disléxico, deficiente visual ou diagnosticado com transtorno do espectro autista, para dar mais alguns exemplos.

    O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não se concebe que possa haver um especialista em cada sala de aula.

    As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do período regular nas técnicas pedagógicas.

    Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabelecimentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se confunde com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2016. Adaptado)

Com as informações do terceiro parágrafo – A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades. –, entende-se que

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    a educação inclusiva tem mais carência de profissionais do que o ensino básico.

  •  A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer então de alunos com gama tão variada de dificuldades.

    O mesmo que dizer: " se atinge o ensino básico, que dirá a educação especial."

    Letra B

  • Pois é, mas e aí?! Esse parágrafo especifica o tipo de carência:  "A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados".

    O texto deixa claro que falta quantitativo, mas esse parágrafo não, ele qualifica. A formação deles é menos satisfatória. Se o professor de ciência não está capacitado, imagina o de educação inclusiva, que exige um repertório maior - multidisciplinar.

    Alguém concorda que a 'C' está mais dentro do contexto do parágrafo?

  • B. a educação inclusiva tem mais carência de profissionais do que o ensino básico. CERTÍSSIMA!

    Mesma coisa que: SE A REDE PÚBLICA TEM CARÊNCIA DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS ATÉ PARA O ENSINO BÁSICO, QUEM DIRÁ A EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

  • Acredito que a C tb está correta.
  • na minha opinião nenhuma alternativa se encaixa. Na B (gabarito) o texto não diz o que essa alternativa afirma, o texto não aponta em qual lugar tem mais carencia, basta ver o trecho para chegar a essa conclusão. Na "c", o trecho do texto tb não diz nada sobre a qualificação ser menos satisfatoria

  • A letra "C" está bem mais certa que a "B", pois além de as duas terem o mesmo sentido, a "C" fala da qualificação dos profissionais, a alternativa "B" parece se tratar somente da quantidade, enquanto o autor claramente cita a qualificação. ISSO É COVARDIA DA BANCA.

  • Galera, na minha opinião as letras B e C estão corretas, infelizmente não podemos querer bater de frente com a banca porque não irá funcionar. O jeito é sempre procurar a questão mais certa, ou menos errada no caso

  • Pessoal, a correta é a letra B mesmo, pq no caso ele está falando da quantidade de profissionais qualificados. Em outras palavras, ele quer dizer assim: "se já não tem profissionais qualificados para preencher as vagas do ensino básico, imagine as vagas do ensino inclusivo". Em momento algum o questionamento é a qualidade da capacitação e sim a quantidade de profissionais com essa habilidade.

  • Não compreendo quem assinalou a "C".. em momento algum do texto pode-se inferir isso

  • Para mim a falta é de profissional qualificado, não de qualquer profissional, apontando uma deficiência qualitativa, não quantitativa.

  • Se a alternativa B fosse "A educação inclusiva tem mais carência de profissionais QUALIFICADOS do que o ensino básico", seria o gabarito incontestável.

  • Se olhar como um todo, a letra B é certa! Se olhar o trecho ( que é o que ele pediu) a letra C é certa!

    Se a banca quer o trecho, tem que analisar o trecho e realmente a letra C se encaixa muito mais no que ela queria!

    A letra B é certa quando olha todo o texto!

    Acertei, isso que importa, mas não anular essa questão foi sacanagem!