Prevalência de 1,6% em torno dos 4 anos de idade; meninos 3-6x mais; muitas vezes associado com enurese. Não diagnosticar antes dos 4 anos de idade, mas o comportamento pode começar desde o primeiro ano de vida
Necessário 1 episódio ao mês por 3 meses consecutivos.
Se a passagem inapropriada de fezes for voluntária, reflete problemas emocionais. Em alguns casos, se associa com abuso sexual ou outras comorbidades psiquiátricas.
Em cerca de 80% das vezes, há constipação associada. Esse constipação pode ser por desregulação do esfíncter anal. Nestes casos, o acúmulo de fezes leva ao ressecamento das mesmas, levando à dor ao ato de evacuar, o que intensifica o comportamento desadaptativo de prender as vezes. Com o tempo, pode se desenvolver inclusive um megacólon. O acúmulo de fezes não necessariamente leva ao ressecamento das mesmas. Neste caso, a retenção crônica das fezes levaria à passagem involuntária destas por "transbordamento".
Excluir causas orgânicas (principalmente Hirschsprung, excluir fobia de banheiro). 90% são funcionais, ou seja, sem causa orgânica subjacente.
Nas crianças em que há dificuldade de relaxamento do esfíncter, levando à constipação, os laxantes não costumam ser muito efetivos.
Tratamento: laxantes para as crianças com constipação (PEG 1g/kg), TCC, PCIT