O FUTURO NA BALANÇA
Se, na década de 1970, o principal entrave ao
desenvolvimento das crianças brasileiras era a desnutrição,
hoje, quase 50 anos depois, a preocupação pende para o
oposto da balança. “A obesidade é a maior epidemia de
todos os tempos e não deixou o Brasil de fora”, sentenciam
peritos da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Trata-se de um problema que afeta gente de todas as
idades – a prevalência entre os adultos aumentou 60% no
país de 2006 a 2016! E começa cada vez mais cedo. Entre
meninos e meninas de 5 a 9 anos, 33% já estão acima do
peso, e 15% são considerados obesos. Nesse ritmo, a
estimativa é que a obesidade atinja 11,3 milhões de
brasileirinhos em 2025. E por que os especialistas se
inquietam tanto com isso? Uma criança obesa tem 80% de
chance de se tornar um adulto obeso, alertam os
especialistas.
A essa condição está associada nada menos que 26 doenças crônicas, como pressão alta e diabetes do tipo 2 –
problemas que deixaram de ser exclusividade de gente
grande. Nesse cenário, vislumbra-se, pela primeira vez na
história recente, uma geração que poderá viver menos e
pior que seus pais.
Não é à toa que o combate à obesidade foi alçado em
prioridade para o governo, que aposta em ações de
estímulo ao aleitamento materno, à prática de atividade
física e à mudança do comportamento alimentar.
Ironicamente, uma criança acima do peso até pode ser
considerada desnutrida.
(Revista Saúde. Abril, set. 2018, p. 48. Adaptado)
Pelas ideias expostas no Texto 2, é claro que sua
abordagem temática: