Questão
Recentemente, algumas pesquisas vêm
demonstrando que, em certas situações, as
células-tronco da medula óssea também podem se
diferenciar em outros tecidos além do sangue, por
exemplo, músculo cardíaco. Essa é a razão de se
retirar células-tronco da medula óssea do paciente
e utilizá-las para tratamento de infarto agudo do
miocárdio ou insuficiência cardíaca.
Na verdade, a grande esperança da medicina
são as células-tronco embrionárias. Essas células
têm a capacidade de formar todos os tecidos do
corpo humano, porém são encontradas apenas no
embrião humano com poucos dias de vida – fase de
blastocisto. É aí que mora a polêmica, pois, para
se utilizar células-tronco embrionárias para fins
de pesquisa, o embrião precisaria ser destruído,
o que, para algumas pessoas, seria considerado
interrupção da vida. Mas é importante lembrar
que, nessa fase, o que chamamos de embrião é
um conjunto de células imaturas menores que o
ponto final dessa frase, que não formaram sequer
um tecido ou um órgão, não têm funcionamento
independente, não sentem nada e ainda não estão
implantadas no útero.
NAOUM, Flávio Augusto. Células-tronco: esclarecendo e discutindo a polêmica. Disponível em: <www.ciencianews.com.br/index.php/publicacoes/ artigos-cientificos>. Acesso em: set. 2018. Adaptado.
O texto traz uma opinião favorável ao uso de células-tronco
embrionárias em pesquisa, baseando-se em argumentos de
natureza